Live de teatro: 'Amostraí' tem dança e contação de histórias neste sábado

A tarde deste sábado reserva uma nova aventura on-line para os amantes das artes cênicas. A nova edição do “Amostraí” inicia às 17h, com transmissão pela página do Casarão do Boneco no Facebook, desta vez com apresentação de Nanan Falcão.

Para este sábado (12), a programação abre com a companhia de dança chilena Hilo Rojo e segue com mais três contações de histórias, com Lucas Alberto, Cleber Cajun e Eliz Maia.

Convidada internacional, a companhia de dança HIlo Rojo foi criada em 2017 e liderada pela coreógrafa Maria José Franco Campos. Em sua primeira turnê internacional, em 2020, o grupo foi alcançado pela pandemia em Belém do Pará, o que provocou alguns problemas logísticos até que a equipe conseguisse voltar para casa. Nesse interregno temporal, ficaram todas hospedadas no Casarão do Boneco, gerando entre os coletivos um vínculo sentimental e histórico.

A Companhia vai apresentar uma adaptação de seu primeiro trabalho cênico, o espetáculo “Viudas del Mar”, que, através da dança moderna e contemporânea, procura expressar a paisagem emocional desencadeada por uma perda. A obra é inspirada nos ritos fúnebres das mulheres de pescadores chilenos desaparecidos no mar, e como elas vivenciam o luto.

Na sequência, a Cia Sorteio de Contos apresenta a narrativa “Exu instaura o conflito entre Iemanjá, Oxum e Oiá”. Baseada em um conto retirado do livro “Mitologia do Orixás”, de Reginaldo Prandi, o ator Lucas Alberto se desdobra entre panos e outros instrumentos para contar a história de como Exu dividiu dez búzios entre Oiá, Iemanjá e Oxum após a venda de um bode no mercado.

A segunda contação do dia traz Cleber Cajun com “Casa Caravana”, história livremente inspirada no livro “Sementes de Cabanas Encantadas”, de Philippe Lechermeier. Uma espécie de andarilho das estrelas percorre muitas casas amealhando conhecimentos sobre a vida, o universo e as pessoas. Nessa jornada-ciranda, o nômade descobre o seu verdadeiro propósito: acordar os sonhos.

Para fechar o “Amostraí” de setembro, a pedagoga, psicopedagoga e contadora de histórias Eliz Maia, apresenta o relato do livro “Mirradinho”, de Conceil Corrêa da Silva e Ney Ribeiro. Uma pequena árvore no alto do morro não tem ideia de onde vem, nem sabe a qual família pertence, sendo constantemente rejeitada e discriminada pelas árvores maiores e centenárias.

Desafios

Esta é a quinta edição on-line do “Amostraí” desde que a pandemia se instalou. Apenas o mês de abril passou em branco, cumprindo o período de transição do físico para o virtual, quando os membros do coletivo juntaram as ideias e a disposição para emoldurar o evento para as telas.

“A pandemia, a princípio, nos deixou a todos paralisados, meio sem saber o que fazer. Nos desestabilizou. Paramos por completo as atividades, e aos poucos fomos buscando alternativas para manter a Casa e as pessoas que dependem dela para sobreviver. Ainda estamos tateando nesse processo”, conta a professora Adriana Cruz, integrante do coletivo.

Para contribuir com a manutenção do Casarão do Boneco:

Contas

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