Jornalistas de O Liberal elegem filmes mais marcantes da década
Profissionais responsáveis pelas notícias que lemos todos os dias compartilham dicas de cinema com os filmes mais legais que assistiram nos últimos dez anos

Com mais uma década chegando ao fim, alguns jornalistas de O Liberal compartilham recomendações de filmes marcantes com os leitores e comentam o porquê de cada escolha. Confira:
Infiltrado na Klan (Spike Lee, 2018)
Escolher o filme da década é impossível, pois há joias como “Birdman”, “A rede social”, “O artista”, “Meia-noite em Paris”, “Bingo”, “Homem-Aranha: No Aranhaverso”, “Roma”, “Me chame pelo seu nome”... Mas vou escolher “Infiltrado na Klan”. O filme dirigido por Spike Lee, baseado no livro autobiográfico “Black Klansman: Race, Hate, and the Undercover Investigation of a Lifetime”, de Ron Stallworth, é cinema puro: inventivo esteticamente, profundo, divertido. O pacote completo - Hamilton Braga
Coringa (Todd Phillips, 2019)
Livre de qualquer análise técnica ou crítica, que estariam longe da minha competência, o filme que fez valer o meu ingresso nesta década foi, sem dúvida, "Coringa", com o maravilhoso Joaquín Phoenix - Adna Figueira
Valeu a pena toda a expectativa criada pelo filme de um dos melhores personagens das histórias em quadrinho - o meu favorito -, o Coringa. apesar da enredo do cinema ser original, não prejudicou em nada a narrativa, já que dialogou muito bem com o que conhecíamos do vilão nas hqs. Apesar destes filmes ficarem conhecidos como de 'super-heróis', "Coringa" mostra que não há salvadores ou mitos e como a desumanidade está tão enraizada na sociedade - Andre Gomes
Jojo Rabitt (Taika Waititi, 2019)
Nos dez anos desta década a crise econômica, a falta de perspectivas e a decepção com um modelo de sociedade que promete pouco para muitos - mas no final das contas entrega muito para poucos - criaram a tempestade perfeita para que grupos afeitos ao autoritarismo, à intolerância e ao descompromisso com a vida fizessem o de sempre: instrumentalizar medo e insatisfação para conquistar seus interesses. Foi assim na primeira metade do século XX, é assim na segunda década do século XXI. Jojo Rabitt (2019), de Taika Waititi, satiriza a a adesão a líderes carismáticos mas incapazes de propor soluções eficazes para as questões mais comezinhas do cotidiano - quiçá os grandes rumos da história. Por meio da estória de Jojo (Roman Griffin Davis) um garoto de bom coração mas equivocadamente encantado com a ideologia/simbologia nazista o público encara, sob o disfarce da comédia, a banalidade do mal em sua pior forma, ao mesmo tempo em que vislumbra, em pílulas, a falta de profundidade e tibieza de projetos de poder baseados em nada além da aversão ao outro. Um filme que, por meio do caminho de Jojo da adoração acrítica ao discernimento que liberta, transforma a sala de cinema em lugar para rir, chorar, refletir e lembrar que os imbecis podem até enganar muitos por algum tempo, mas não são invencíveis e nunca serão eternos - Elvis Rocha
Extraordinário (Stephen Chbosky, 2017)
O filme "Extraordinário" é um que me fez chorar do início ao fim. Faz a gente refletir sobre coragem, cuidado e dificuldades. É um filme com uma linguagem simples, mas que tem uma mensagem grandiosa - Bruna Lima
Amor (Michael Haneke, 2012)
Poderia facilmente indicar Interestelar, Dunkirk, 1917, Corra! ou Whiplash. Porém, para fugir das escolhas óbvias quero indicar o francês “Amor” (Amour), do diretor Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes (2012) e do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira (2013). O longa é uma história emocionante sobre as dificuldades da velhice e amor entre o casal Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva). Capaz de levar as lágrimas qualquer um pelas atuações magistrais de Jean-Louis e Emmanuelle Riva, uma das maiores injustiçadas do Oscar ao lado de Fernanda Montenegro - Vito Gemaque
Universo Estendido Marvel (22 filmes, de múltiplos diretores, entre 2011 e 2020)
Gostei de todos os filmes dos Vingadores - Andreia Espirito Santo
Roma (Alfonso Cuáron, 2018)
Demorou um pouco para as plataformas de streaming seduzirem grandes diretores que estão acostumados a verem suas produções em telas gigantes. A chegada de Alfonso Cuáron a Netflix mudou tudo. Roma é um filme de estilo, apreciação e de contracultura. Retrata um importante ano da história do México com a ajuda de Cléo, uma empregada que vive com intensidade uma rotina monótona. A cara da América Latina que nunca deixa de sofrer porque sabe que isso, no fim, equivale a deixar de viver - Eduardo Laviano
Keylor Navas - Homem de Fé (Dinga Haines Mesa, 2017)
Em pouco mais de 1h30, o filme revela a história de um garoto costa-riquenho que superou os desafios de uma infância humilde para se tornar um dos maiores craques do mundo, baseado na história real de Keylor Navas, ex-goleiro do Real Madrid e atualmente no PSG - Carlos Fellip
E você? Qual o seu filme favorito da década? Estamos aguardando as suas dicas nos comentários.
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