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Jornalista paraense lança documentário sobre violência obstétrica em Belém

Denise Soares apresenta na próxima sexta-feira (17) e sábado (18) em Belém, o documentário “A dor do parto que eu não tive”

Thainá Dias

A violência obstétrica acontece quando tratamentos desumanizados durante a gestação são realizados nas mulheres. Procedimentos não autorizados ou desnecessários estão entre as práticas. Pensando nisso, a jornalista paraense Denise Soares, através de uma experiência própria vivida, lança o documentário “A dor do parto que eu não tive”, reunindo histórias de mulheres que foram vítimas de violência obstétrica. O lançamento será realizado em duas sessões, no Shopping Bosque Grão Pará, na sexta-feira (17), às 19h30; e no sábado (18), às 20h30.

O projeto aborda uma experiência vivida pela própria jornalista. Denise Soares compartilhou em suas redes sociais, as primeiras semanas de vida da Eva (sua filha). “Compartilhei com vocês o meu relato de parto. Ninguém esperava um desfecho tão ruim. Inúmeras mulheres se viram na minha história e reviveram seus próprios traumas. Foram meses de questionamentos angustiantes e insuportáveis. Daquela experiência traumática nasceu a ideia de dar voz a quem, como eu, foi vítima de violência obstétrica”, explicou.

A jornalista reforça que ao falarmos de violência obstétrica não estamos nos dirigindo apenas para mulheres, mas é um tema de interesse social. Segundo Denise, “é um tema de saúde pública, inclusive. É importante falar sobre o assunto não apenas para levar informação e conscientizar, mas para cobrar ações efetivas de autoridades e instituições capazes de garantir a proteção da mulher e combater a violência obstétrica”.

O documentário reúne relatos de mulheres que foram desrespeitadas na sua dignidade e autonomia em um momento único e de extrema vulnerabilidade. Segundo a jornalista, “são mulheres que foram totalmente desamparadas pelo sistema obstétrico, cujos profissionais têm práticas contrapostas ao recomendado hoje pela ciência”, detalhou. Denise enfatiza, que como jornalista, sentia que precisava fazer alguma coisa a partir da sua própria experiência.

Proposto como um como projeto social mesmo, Denise explica que o documentário é uma oportunidade de fortalecer o pedido de transformação na assistência às gestantes  do estado. “Muita gente já colaborou com essa causa antes de mim e já avançamos muito, é verdade, mas tem muita coisa que precisa mudar. E eu quero somar e enfatizar a necessidade de mudança”.

Para ela, o projeto não é apenas seu relato de violência obstétrica e de outras vítimas. “É um trabalho que reflete uma realidade triste de mais um tipo de violência contra a mulher. Eu proponho um olhar para a humanização a partir das perspectivas e experiências profissionais de outras mulheres que lutam contra a violência obstétrica também”, concluiu a jornalista.

 

Agende-se

Lançamento do documentário “A dor do parto que eu não tive” pela jornalista Denise Soares
Data: sexta-feira (17), às 19h30 e sábado (18), às 20h30
Local: Teatro do Shopping Bosque Grão Pará (Av. Centenário, 1052, Val-de-Cans, Belém/PA)

 

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