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Jeff Moraes atravessa fronteiras do Pará com show em Salvador

O artista vai se apresentar no Teatro Castro Alves no Dia da Consciência Negra

Bruna Lima
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O artista paraense Jeff Moraes dá o primeiro salto da carreira solo fora do Pará. Ele já está em Salvador para se apresentar, no próximo domingo (20), Dia da Consciência Negra, e mostrar a música preta da Amazônia, na concha acústica do Teatro Castro Alves, que ainda reúne Iza, Mc Tha, Rachel Reis, Nêssa, Uana, WD, Luisa Nascim e Afrobapho.

Jeff vai apresentar um pouco do quem tem no álbum “Tambor e Beat”, que teve o DVD lançado no último mês de setembro, na Feira do Açaí. O artista diz que se sente feliz por estar dando os primeiros passos fora do Pará com a carreira solo. “Eu estou muito feliz e honrado com esse convite, pois poder atravessar fronteiras com o meu trabalho é muito prazeroso”, diz o artista.

O evento é chamado “Novembro negro” e Jeff vai representar a região norte na maior cidade preta fora da África, que é Salvador, para celebrar a arte e protagonismo negro no Brasil. “Vou cantar músicas do meu disco tambor e beat. A proposta do evento é que ocorra o encontro das novas vozes pretas do Brasil, em Salvador, abrindo o show da Iza”, explica.

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Sobre sair pela primeira vez de Belém para apresentar o trabalho solo, ele significa uma virada na carreira. “Me sinto voando para outros lugares para além das fronteiras da Amazônia. E nesse show eu vou cantar ao lado de importantes artistas da nossa música, que são de uma nova geração, mas que já estão atuantes em line up nacional”, completa.

E começar esses voos por Salvador é mais um grande significado para Jeff Moraes, pois se trata de um lugar inspirador para a sua música. O artista diz que o “Tambor e beat” tem muito da Bahia, assim como tem muito da Amazônia. “Eu sou uma mistura de África, de Amazônia e a Bahia passa por essa inspiração para a minha carreira. Muitos artista baianos inspiram para o meu fazer artístico”, destaca.

Jeff começou a cantar nos bares de Belém, mas foi na rua, nas batucadas e nas ocupações culturais da cidade que descobriu que não era apenas um cantor. O mais recente álbum de Jeff, "Tambor e beat" faz uma síntese da história do artista. São oito faixas que contam vários momentos da vida de Jeff, fala de momentos que sentiu o racismo, mas também trata de como vem sendo revolucionário.

"Se hoje ocupo os espaços é porque muita gente preta bateu nesse chão para que eu andasse", reconhece Jeff.

Além de cantor, Jeff também é ator. Ele conta que sua trajetória na arte começa na beira do rio, às margens do rio Guamá, no Curro Velho. Lá, o artista descobriu que tinha potencialidades artísticas.

Em 2019, no período do carnaval, ele lançou o vídeoclipe "Eu sou o carnaval". O trabalho assume a alegria como ato político e também trata da libertação de corpos e sexualidade.

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