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Influencers recebem dinheiro do governo federal para defender tratamento precoce da covid-19

A ex-BBB Flávia Viana foi uma do grupo de “famosos” contratados e recebeu R$ 11,5 mil, de acordo com os documentos obtidos

Com informações da Agência Pública

Mais de R$ 1,3 milhão saíram dos cofres do governo federal para ações de marketing a favor do tratamento precoce da covid-19. O investimento foi feito pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação (Secom) e inclui R$ 85,9 mil destinados a pagar 19 influencers para divulgar as campanhas em suas redes sociais.

A ex-BBB Flávia Viana foi uma do grupo de “famosos” contratados e recebeu R$ 11,5 mil, de acordo com os documentos obtidos.

Nesta quarta-feira (31), Flávia se desculpou, chorando, por ter participado da ação. "Sobre o dinheiro, apesar de já fazer meses, ainda não recebi. Assim que for recebido, o dinheiro será doado para ajudar as pessoas afetadas pela Covid-19", afirmou a ex-BBB.

"Quando minha equipe foi procurada para fazer a publicidade, aceitamos pois era para alertar as pessoas para os cuidados, lavar as mãos, máscaras, usar álcool em gel, ficar atentas aos sintomas. Meu intuito foi de cuidado mesmo, sabe? Apenas para informar", justificou a influenciadora em seu perfil no Instagram.

Ação

No roteiro da ação, a Secom orientava a ex-BBB e os influenciadores João Zoli (747 mil seguidores), Jéssika Taynara (309 mil seguidores) e Pam Puertas (151 mil seguidores) a fazer um post no feed e seis stories no Instagram. Eles deveriam dizer aos seguidores que, caso sentissem sintomas da covid, era "importante que você procure imediatamente um médico e solicite um atendimento precoce".

Os quatro influenciadores foram orientados a aparecer de maneiras diferentes. Alguns posaram usando a máscara no rosto e álcool gel na mão, outros lavando a mão.

O texto-guia dizia para o influenciador fazer seus posts falando: "Hoje quero falar de um assunto importante, quero reforçar algumas formas de se prevenir do coronavírus. Vamos nos informar e buscar orientações em fontes confiáveis. Não vamos dar espaços para fake news. Com saúde não se brinca. Fiquem atentos! E se identificar algum sintoma como dor de cabeça, febre, tosse, cansaço, perda de olfato ou paladar, #NãoEspere, procure um médico e solicite um atendimento precoce".

A Secom esclareceu que, do valor total, R$ 987,2 mil foram destinados à produção de filmes para TV, spot para rádio, vídeos e banners para internet e peças para mídia exterior. O valor restante, de R$ 18,9 milhões, foi destinado à veiculação e divulgação do material produzido. No documento conseguido via Lei de Acesso à Informação, não há detalhamento sobre os gastos com ações de marketing de influência.

Embora não faça menção ao "tratamento precoce" para covid-19, nem sobre medicamentos como cloroquina e ivermectina, na própria campanha oficial sobre "atendimento precoce" veiculada nos sites do governo, os termos "atendimento" e "tratamento" se confundem.

"O tratamento precoce comprovadamente aumenta as chances de recuperação e diminui a ocorrência de casos mais graves e, consequentemente, o número de internações", diz o release.

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