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Fotógrafo paraense abre campanha de financiamento para seu livro de poesia

Rafael Luz foi selecionado em edital para novos autores negros do Brasil;

O Liberal

O premiado fotógrafo paraense Rafael Fernando Chaves, conhecido como Rafael da Luz, estreia como poeta. Ele foi um dos 24 selecionados no edital “Lua Negra”, da editora Triluna de João Pessoa, na Paraíba, que contempla o primeiro livro de autores negros de todo o Brasil. Agora, Rafael lança uma campanha de financiamento coletivo para a publicação do livro intitulado “Devir Poético da Liberdade”, pela plataforma Catarse (http//www.catarse.me/lua_negra). A campanha encerra no próximo dia 20.

“O objetivo desse edital foi possibilitar o primeiro livro para autores que nunca tinham tido uma publicação além de ser uma publicação insurgente no mercado editorial, ou seja, uma publicação voltada para uma linguagem livre, poética e ativista em busca de transformações sociais”, descreve Rafael.

Pedagogo e pós-graduando em Arte Educação, Rafael se profissionalizou na fotografia pela Fundação Curro Velho, já participou de exposições fotográficas coletivas no Brasil e no exterior e também ministra oficinas nessa área.

 

Em Devir Poético de Liberdade, ele apresenta 50 poemas elaborados ao longo do tempo, que abordam temas como o amor, a difícil realidade da periferia, que incluem temas sociais, raciais, questões de dignidade humana na luta por direitos e educação, além de sentimentos que o atravessaram durante a pandemia pela Covid-19,

“As situações de descaso (sobre a periferia), de luta, de enfrentamento social, uma busca de melhorias, de possibilidades para a reinvenção do olhar sobre a periferia, para além da visão de subalternidade, de terra arrasada, um lugar que não possui cultura, educação. O livro busca romper com esses estereótipos provocados por um olhar distorcido para nossa realidade de periferia”, detalha.

No último ato da obra, Rafael retrata os próprios sentimentos diante a realidade da pandemia e do isolamento social. “Um diário existencial daquilo que eu passei, daquilo que vi e ainda sinto juntamente com o coletivo que formam as pessoas ao meu redor”.

“O Devir Poético e de certa forma uma inquietação e também de um questionamento para o próprio mercado, que às vezes vê a poesia com um padrão definido. Mas a poesia vai além de normas, como se fosse um manifesto por uma nova forma de se expressar poeticamente diante do seu contexto”, observa o artista.

“Eu vou criando caminhos (no livro) para dialogar com o leitor e a leitora do Devir Poético da Liberdade, onde busco trazer mais perguntas que respostas, caminhando em uma poesia que questione e ajude a caminhar por uma poética da vida além da dor e miséria. Mas além do campo do propor a sensação, propor uma experiência profunda sobre a sua realidade diante do das questões perigosas que estamos vivendo tanto com o governo como questões ambientais, questões políticas, educacionais, segurança social que nesse período da pandemia foram ameaçadas e o esquecimento ganhou ainda mais forma e a invisibilidade de certas realidades se ampliou. Sentimentos, imagens internas, lembranças e lutas compartilho dentro do “Devir Poético” um encontro entre poesia e vida” conclui Rafael da Luz.

 

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Cultura
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