Fotógrafo Celso Lobo tem obras expostas no Carrossel do Louvre
Evento promove intercâmbio cultural entre artistas de diversos países

O O fotógrafo paraense Celso Lobo embarca nesta segunda-feira, 15, para a capital da França, onde terá obras expostas em uma mostra internacional de fotografia. Com diferenciais paisagísticos e singularidades na fauna e flora, a natureza amazônica terá destaque no Art Shopping – Salon International D’Art Contemporain de Paris, evento de arte europeu que será realizado entre os dias 18 e 21 de outubro, na semana de arte contemporânea de Paris. A academia organiza exposições em países diferentes, levando artistas plásticos, escultores e fotógrafos.
O evento reúne pinturas, fotografias, esculturas, artes digitais e street arts no carrossel do Louvre, um dos mais importantes museus do mundo, que promove um intercâmbio cultural entre artistas de diversos países. Para Lobo, a maior importância da exposição é dar visibilidade à cultura paraense. "É impressionante ver o interesse dos europeus pela nossa região e nossa cultura. Eles perguntam muito, ficam curiosos para saber sobre o estilo de vida do ribeirinho, do pescador da Amazônia", afirma.
Celso sempre foi um amante desta arte, mas só começou a fotografar em 2007, com treinamento amador. Profissionalmente, o artista iniciou em 2009, há quase 10 anos. "Fiz muitos cursos com profissionais do exterior. A fotografia é uma paixão, gosto muito de fotografar, principalmente as paisagens amazônicas. Nessas exposições, vendo mais quadros para pessoas de fora do que aqui na região. A valorização é bem maior lá", contou Celso, que faz parte da Divine Academia, um instituto de letras, arte e cultura de Paris, cujo objetivo é difundir e divulgar trabalhos artísticos pelo mundo.
Dicas para quem quer começar a fotografar
Celso Lobo diz que o segredo para quem gosta de arte e deseja atuar na fotografia é se manter em treinamento constante e estudar as noções básicas - por isso é importante ler o manual da câmera várias vezes. "Algumas pessoas têm câmeras boas e profissionais, mas não sabem usar porque não leram o manual. Tem que começar pelo básico e aprender os fundamentos da fotografia, até que a câmera se torne uma extensão do corpo. É como dirigir um carro. No começo é difícil, mas depois fica natural. Para isso, é preciso praticar muito. Fotografar é contar histórias, e é preciso ter sensibilidade e empatia para desenvolver essa função", orientou o profissional.
Celso afirma que há muitos bons profissionais no Estado do Pará, mas que a população não valoriza. Ele e outros fotógrafos têm o costume de se reunir em grupos profissionais e amadores para fotografar a capital paraense e desenvolver eventos, inclusive palestras. Funciona assim: não existe um professor; os que sabem mais ensinam os que estão iniciando. Para ele, essa é uma boa iniciativa porque até os fotógrafos profissionais aprendem coisas novas com as outras pessoas.
Celso já havia participado do Art Shopping em 2016, com a foto "Alvorecer no Atalaia", ano em que foi condecorado embaixador da Divine Academia na Amazônia. Na mesma edição, levou um fotógrafo do interior do Pará para a semana cultural e apresentou fotografias com tema relacionado aos artesãos do Pará. Em 2017 apresentou imagem da "Praia do Juá” e retorna em 2018 com duas obras para exposição e quatro no catálogo do evento, da região do Tapajós e da capital paraense. Celso ainda levará um artista plástico da Amazônia, e revelou que a exposição vai receber fotos do Lago do Maicá, da região do Tapajós, no oeste paraense, e de um túnel de mangueiras em Belém.
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