Fãs aguardam pelo show do Raça Negra e Paulo Ricardo no Mangueirão
Animação já toma conta de quem sabe que as duas atrações são garantia de um show memorável com muita ginga e vibração

Quando a música é boa, a gente aumenta um pouco o som e espera pelo show do artista chegar à cidade para conferir. Então, já está sendo assim para os fãs do grupo Raça Negra e do cantor Paulo Ricardo. Esses dois nomes consagrados pelo público vão se apresentar em Belém no dia 14 de agosto, em um local muito especial e que traduz o tamanho do acolhimento dos paraenses para com eles: nada mais, nada menos que o Estádio Olímpico do Pará — Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), no bairro do Bengui. O show comemora os 4 anos do site O Antagônico.
Desde que a informação do show começou a circular, os admiradores da banda sagrada de pagode e do vocalista histórico do RPM se agitaram, passaram a ouvir os sucessos com um algo a mais e se prepararam para conferir a apresentação em grande estilo, em solo paraense. Não à toa: o Raça Negra é um grupo consagrado no pagode nacional desde o seu surgimento, em 1983, em São Paulo. O ritmo cadenciado e a voz na medida certa do vocalista Luiz Carlos fizeram — e fazem — muita gente cantar sucessos como “É Tarde Demais”, “Ciúme de Você”, “Doce Paixão”, “Cigana”, “Estou Mal”, “Cheia de Manias” e muitos outros.
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Tanto que, em qualquer conversa de bamba, quando o assunto é pagode, se não se falar no Raça Negra, não valeu. Que o diga a cantora Mart’nália, filha de Martinho da Vila. Ela gravou, em 2024, o disco Pagode da Mart’nália, reunindo canções imortais de pagode dos anos 1990 — com direito a “Cheia de Manias”.
Nesse time de fãs do Raça Negra em Belém está o jornalista Iran Souza, que guarda com carinho uma coleção de CDs e DVDs da banda. “O Raça Negra é que nem vinho: quanto mais o tempo passa, fica melhor”, diz logo Iran, morador do bairro do Marco.
Esse fã diz que o diferencial do Raça Negra é a balada romântica que o grupo leva nos álbuns e nos shows. “Quando você escuta ‘Doce Paixão’ e ‘Cheia de Manias’, é pedir para abrir uma cerveja e convidar a namorada, a esposa ou aquela amiga que está com você e sair a dançar. O jeito carinhoso com que a banda trata seus fãs, além do trabalho musical, é o que faz seus shows serem sempre lotados, uma marca que atravessa vários anos, gerações”, reitera Iran. Ele acompanha os 42 anos de sucesso da banda.
A relação de Iran Souza com o Raça Negra começa nos anos 1990. Os sobrinhos dele tinham um grupo de pagode, o ‘Quem de Nós’, e tocavam em casas noturnas de Belém, como African Bar, Olê Olá, Kalamazoo, Tuna Luso e outros espaços na RMB. Iran conferiu alguns shows deles. “Mas a relação com a banda Raça Negra ficou mais intensa a partir da inauguração do Clube do Samba, um bar no fundo do quintal da minha casa. Aí virei fã dessa banda que tem uma pegada romântica que aquece o coração dos apaixonados por onde passa”, ressalta.
Iran Souza sabe muito bem o motivo para gostar da banda. “É a capacidade de se reinventar, de criar músicas que, apesar de tratarem de temas comuns, do cotidiano como o amor, a saudade, conseguem transmitir uma energia fora do comum, uma energia contagiante e um romantismo inigualável.” São músicas marcantes. “É só perguntar a um fã do grupo que a pessoa enumera rapidamente uma dezena de canções. Isso é ser fã do Raça”, diz Iran.
Puro Rock
Paulo Ricardo é puro rock. Seja no inesquecível RPM seja em carreira solo. Paulo é baixista e toca com maestria suas composições e as de outros nomes do rock, do pop e de outros estilos. Por isso, um show dele, elétrico ou acústico, é sempre cercado por muita expectativa pelos fãs, como esse em Belém no mês de agosto celebrando 40 anos de carreira.
A digital influencer Amanda Valente mora em Igarapé-Açu, no nordeste do Pará, e é muito fã de Paulo Ricardo. "Eu tinha 7 anos de idade quando comecei a me apaixonar pela aquela voz que eu ouvia no rádio, e, principalmente, depois que vi na TV o dono da voz, dono do olhar 43 e da boca mais sexy desse Brasil. Achei ele lindoooo e até hoje sigo uma fã apaixonada", declara Amanda.
Para ela, Paulo teve um ciclo, uma história muito linda no RPM, imprimindo sucessos como "Olhar 43", "Louras Geladas", "Revoluções por Minuto", "Alvorada Voraz", "Rádio Pirata" e a regravação de "London, London", de Caetano Veloso. Mas, em carreira solo, ele ficou mais à vontade para produzir a sua própria arte com mais autenticidade, como frisa Amanda.
"O diferencial do som de Paulo Ricardo está na combinação de sua voz única. Acho que ele é um artista completo; canta, compõe e toca seus instrumentos. Ele consegue criar uma atmosfera íntima e conectada com seus fãs nos shows, Ele explora diferentes estilos musicais, desde o rock até a MPB, mostrando sua habilidade em se adaptar e criar algo novo. Sou muito fã da arte dele!", pontua Amanda Valente. Entre as canções do artista de que mais gosta, Amanda aponta "Olhar 43", "Juvenilia" e "O Verso", canção lançada em 2004.
Amanda é daquelas fãs verdadeiras. "Fui a 6 shows, todos em Belém! Faço parte do maior fã que ele tem aqui em Belém, o @amordeverdadefc. Em todos os shows, a gente se reúne para curtir juntas. Vamos sempre buscá-lo no aeroporto e fazer aquela recepção que ele adora, bem paraense", relata a fã-clube do cantor, que não perdia nada quando o RPM se apresentava no programa do Chacrinha. "Eu assistia junto com meus avós, e isso faz parte da minha memória afetiva", completa. Por isso, conferir o show no Mangueirão é meta de Amanda e de todas do fã-clube.
Serviço
Evento: Aniversário de 4 anos do site O Antagônico — Raça Negra & Paulo Ricardo
Data: 14 de agosto
Local: Estádio Mangueirão, Belém – PA
Horário: 21h
Ingressos: à venda no site Bilheteria Digital,
variando de R$ 30 a R$ 240
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