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Exposição 'Vazios Incompletos' reúne obras de Ana Sant'anna e Julia da Mota, em Belém

O vazio é o ponto de convergência entre as obras de pintura, gravura e fotografia das artistas baiana e paulistana.

Enize Vidigal
fonte

“Vazios Incompletos”, exposição das artistas visuais Ana Sant’Anna e Julia da Mota, está aberta à visitação gratuita na Galeria Ruy Meira, na Casa das Artes, em Belém, até 24 de outubro. Elas apresentam 16 obras nas linguagens da pintura, da fotografia e da gravura que se encontram na temática do vazio. A dupla participa de um bate-papo presencial aberto ao público, nesta sexta-feira, às 14h, no local da mostra.

“Vazios incompletos” é o projeto inédito que sela o encontro nas artes de uma baiana (Ana) com uma paulista (Julia). As duas se conheceram em uma exposição do Museu de Arte de Ribeirão Preto (Marp), em 2021, onde se identificaram com o trabalho uma da outra. A parceria foi construída à distância até surgir a produção de um projeto conjunto que trouxe um terceiro viés de expressão para elas.

“Vazios Incompletos” foi contemplada pelo Prêmio Branco de Melo 2022, promovido pela Fundação Cultural do Pará (FCP), do governo do estado.

Exposição vazios Incompletos

“Pela primeira vez, estamos mostrando os trabalhos juntas. A gente percebeu que tinha um diálogo, que dava pra explorar e trazer uma narrativa nova”, conta Júlia. “Eu e Julia temos uma ideia de encontrar esses vazios dentro do contexto de conturbação, cada uma de nós fala de uma ideia geral de vazio, mas a gente explora isso de maneiras distintas”, descreve Ana.

As duas são pintoras, sendo que Julia da Mota também trabalha com gravuras, enquanto Ana Sant’Anna, também fotografa. “Cada uma tem uma linguagem, uma técnica”, explica Julia. As obras expostas são de autoria individual, mas refletem uma identidade entre as artistas. Inclusive, a maioria das peças da exposição são polípticos. A curadoria é das próprias artistas.

Felipe Barros de Brito, autor do texto curatorial da mostra, aponta que as artistas visuais buscam desconstruir o mundo ao redor por meio da representação de prédios, postes e praias, que surgem do mínimo. Na perspectiva dele, os trabalhos da dupla dão vazão ao aparecimento de novos cenários e geometrias vindos do movimento de um ponto que se transformou em linha e, em seguida, horizonte. 

“A concepção da exposição surge de um incômodo e de um desejo das duas de falar sobre o modo de desacelerar, de ver as coisas de maneira mais pausada e de tentar encontrar um respiro dentro de uma vida pautada na rapidez e no excesso”, define a baiana.

“Uma coisa que une o nosso trabalho é o contato com as nossas paisagens”, resume a paulistana. A produção de Ana Sant'Anna busca construir um pensamento que preza pela ideia do vazio, assim como pela tentativa de capturar a simplicidade das formas e de extrair a essência das coisas que a rodeiam. Enquanto a de Julia da Mota cria as brechas de vazio na cena urbana, por morar numa cidade completamente cheia, como São Paulo, compondo imagens que evidenciam os limites rígidos e a paisagem fragmentada da cidade.

“A nossa expectativa é poder trazer um trabalho que possa gerar conexão com as pessoas daqui”, afirma Ana.

Agende-se:

Exposição “Vazios Incompletos”, de Ana Sant’Anna e Julia da Mota

Visitação: até 24/10, de segunda a sexta, das 9h às 17h

Local: Galeria Ruy Meira, da Casa das Artes (Praça Justo Chermont, 236, Nazaré)

Gratuito

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