EXCLUSIVO: Karol Conká estará no Festival Psica 2021: 'Estou ansiosa!'

Em entrevista a O Liberal, rapper curitibana falou sobre carreira depois do 'BBB 21' e alegria em voltar aos palcos

Lucas Costa
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Mamacita está de volta! Karol Conká é atração confirmada do Festival Psica 2021, marcado para os dias 17 e 18 de dezembro. A curitibana dona dos hits “Tomei”, “É o Poder” e “Kaça” chega à capital paraense como “uma nova mulher”, pronta para fazer o público dançar novamente. Ela se junta ao line-up do evento, que já tem confirmados: Marina Sena, Fruto Sensual, Chico César e Tasha & Tracie. Nesta segunda-feira, 1º de novembro, além de Conká, o evento revela mais uma lista de nomes de sua primeira edição presencial desde o início da pandemia.

Em entrevista exclusiva a O Liberal, Karol falou sobre a ansiedade em reencontrar o público de Belém, principalmente em sua nova fase da carreira. “Estou ansiosa. Já fui algumas vezes para Belém, o público de Belém sempre me escreve e acompanha meu trabalho, gosta muito, e eu estou louca para chamar a galera para dançar comigo no palco, como eu sempre fiz, e me divertir”, adianta a artista.

Atualmente Karol trabalha em seu próximo álbum, “Urucum”, que já tem singles nas redes abrindo o seu caminho. O mais recente deles é “Louca e Sagaz”, parceria com WC no Beat que já tinha um trecho na boca da galera, depois que um vídeo em que Karol cantava a música, durante sua participação no “Big Brother Brasil 21”, viralizou. A faixa foi lançada na última quinta-feira, 28, um dia depois da entrevista de Karol para O Liberal.

Leia a entrevista na íntegra:

O Liberal - Vamos começar falando de 'Louca e Sagaz'. Como estão os preparativos para o lançamento por aí?

Karol Caonká - Estou muito animada, a equipe toda, os fãs, animação total. Essa música já tem um tempo que os fãs estão pedindo, então resolvi lançar agora no final do ano como uma forma também de agradar os fãs.

OL - Foi uma música pensada, inicialmente para ser lançada enquanto você estava no ‘BBB’?

KC - Estava. Foi uma música que enquanto eu estava no reality era pra ter sido lançada, mas por conta de todo o caos, nossa equipe achou melhor não lançar naquele momento, e acabei trabalhando em outras canções quando saí do reality, que tinham mais a ver com o meu momento.

image Karol Conká em 'Dilúvio' (Lana Pinho/Divulgação)

OL - Você vai ser anunciada no Psica Festival, que ocorre em dezembro aqui em Belém. Me fala sobre a vontade de voltar a Belém e das memórias que tem daqui.

KC - Estou ansiosa, já fui algumas vezes para Belém. O público de Belém sempre me escreve e acompanha meu trabalho, gosta muito, e eu estou louca para chamar a galera para dançar comigo no palco, como eu sempre fiz, e me divertir.

OL - O público de Belém às vezes relembra uma gafe que você cometeu durante um show aqui, quando disse que Belém era no Nordeste. Você lembra disso? Vai ter uma redenção no novo show?

KC - Na verdade isso rolou muitos anos atrás. Eu estava no Nordeste, fui para o Norte e me confundi nesse dia. Foi bizarro. Foi engraçado ao mesmo tempo, porque o pessoal me avisou com muito carinho que eu estava errada. Mas eu estava vindo de uma bateria de shows e acabei me confundindo, e me redimi logo depois num outro show que eu apareci, nas redes sociais também. A redenção já foi. Acho que o público pode esperar bastante animação, subida de consciência. Acho que as pessoas podem também focar mais no lado positivo das coisas, ficar lembrando de um erro tão lá de trás, acho que nao traz nada de bom pra gente, acho que é focar no agora mesmo.

OL - Você já falou bastante sobre sua participação no 'BBB', e sei que está em outro momento da vida agora. Mas como foi esse processo todo depois do reality até voltar a fazer shows e lançar músicas novas?

KC - Passei por um processo muito doloroso e profundo de autoconhecimento, auto-acolhimento, e contei com a ajuda da minha equipe, de amigos, para manter o foco no que eu tenho de bom. Então minha arte, meu álbum foi todo produzido aqui dentro do meu estúdio, junto com o RDD. Estou com uma expectativa muito boa porque me sinto viva, sinto que sobrevivi a um caos que eu causei, e depois de ter curado as camadas que me faziam ferir, eu consegui me sentir mais forte. Então retomar os palcos com o apoio do público, dos contratantes, isso é muito importante também. Acho que isso diz muito sobre o quanto a gente quer evoluir.

OL - Recentemente você disse em uma entrevista que prefere a Karol de agora do que aquela de antes do reality show. Me fala sobre essa nova Karol que vai estar nos palcos.

KC - As pessoas, quando falo de uma nova mulher, que virou até meme, até isso virou meme (risos). Eu acho que as pessoas estão muito acostumadas, nós todos, com essa coisa do binário, do ser ou não ser, ou é do mal ou é do bem, quando na verdade somos um conjunto de coisas que a gente vive. Cada um tem suas camadas, então dependendo da situação, cada um toma uma atitude referente a aquilo que aprendeu na vida. Eu, nessa nova fase, prefiro a vida de hoje do que a de antes, porque atingi um nível de consciência que eu não tinha antes. Então em algumas situações na minha vida, eu precisava ser mais combativa, porque era a forma que eu encontrava para me defender. Hoje, entendendo várias questões que aconteceram comigo, eu me sinto mais leve porque é como se eu tivesse tirado muitas duvidas da minha cabeça, e também entrado em contato com aquela sujeirinha pra debaixo do tapete. Então resolvi essas questões comigo e consigo lidar com os haters porque eu me coloco no lugar deles também. Eu não sei o que cada um passa dentro de suas casa, de suas vidas, quais expectativas que eles jogam em cima de outras pessoas ou de mim. Então eu foco naquilo que eu posso controlar, que é minha vida, minha saúde mental, e eu não posso tomar para mim achismos alheios, são pessoas que não estão me acompanhando no dia a dia e acabam me reduzindo a uma situação infeliz da minha vida. Mas eu não posso fazer isso comigo. Então esse processo todo foi muito importante, de procurar ajuda psicológica, de ter os amigos por perto, focar só no amor e carinho que eu recebo das pessoas, e que essas pessoas conseguem enxergar que eu sou humana, e que eu não sou apenas uns 5 minutos de surto.

OL - Desde o 'BBB', você já lançou outras músicas, mas queria falar de 'Subida'. Como se sente voltando a fazer o público dançar?

KC - Fico muito feliz, porque essa galera que me botou pra botar eles para dançar. Então na hora que eu estava mais triste, no clima de ‘Dilúvio’, eu recebia muitas mensagens carinhosas dizendo ‘Karol, tá tudo bem, volta, você já reconheceu, não precisa se machucar tanto ou se autossabotar, não tome o cancelamento como algo que não vai te fazer sorrir novamente’. E aí com as batidas do RDD e com esse meu jeito, que a gente nasce. Cada um nasce de um jeito, não tenho como me distanciar da minha essência que é sempre sorrir, sempre ver graça em tudo. Eu sou assim, então não tive como fugir dessa vontade de fazer as pessoas dançarem, porque elas me fizeram dançar novamente na hora que eu estava triste parada, num dilúvio, paralisada. Então devo muito a meu público e só tenho gratidão por essa situação, por tudo o que está acontecendo agora.

OL - Seu estilo carrega muito do afrofuturismo. Como você se conecta com o conceito? É uma demanda sua que ele esteja por ali sempre?

KC - É uma coisa natural da minha personalidade querer estar vestida ou usar a estética moda de uma forma que represente a minha personalidade, o que eu estou sentindo. Como sou uma pessoa ansiosa, e a ansiedade é um excesso do futuro, é como se eu estivesse com a minha cabeça lá na frente. Então não consigo me ver de uma forma, eu não gosto de mesmice. Então estou sempre mudando uma coisa em mim e na minha vida, na minha música. Acho que todos nós somos assim, uma metamorfose ambulante, somos criaturas em constante movimento de evolução, e eu gosto de externalizar isso na moda. Então tenho o Dário Mittmann, que é meu parceiro já a um bom tempo, 4 anos, e a gente se conecta com esse meu lado diferente através do meu cotidiano, do que eu gosto e do que me sinto confortável, e tem dado muito certo. O público também se identifica bastante. O meu público que me acompanha a muito tempo gosta bastante desse tipo de montação, e eu consigo aprender também com os meus fãs com moda, então estou sempre antenada no cotidiano.

OL - Para finalizar, vamos falar do Pará. Tem algum artista daqui com quem você faria um feat?

KC - Conheci uma artista recentemente chamada Liége. Eu achei fantástico, achei bem legal porque eu tenho uma música no meu disco - o disco que vai lançar ainda, e neste álbum estou vindo com outras texturas que eu não tinha trabalhado ainda - e eu gostei quando ouvi Liége. Gostei do tom da voz dela, da estética, da história e da maneira que ela conduz a música e a arte dela. Então é uma artista que eu tenho gostado bastante nos últimos dias.

OL - Que surpresa! Achei que você falaria alguém óbvio tipo a Gaby Amarantos.

KC - É que eu gosto de novidade, e a Gaby é meio óbvio. Todo mundo sabe que gosto muito da Gaby, e é óbvio que eu faria algo com ela. Mas é legal também a gente trazer os novos nomes, porque tem um conjunto de artistas do Pará que fazem um trabalho incrível, e acho que nós, que temos essa visibilidade maior, temos o dever até de alçar essas pessoas.

OL - Para finalizar, temos algum spoiler do que vem pela carreira? Até o show do Psica já vamos ter mais música nova?

KC - Ainda vem mais novidade, só não posso falar ainda. Mas prometo que conto pra vocês assim que tiver… já vou chegar no palco gritando ‘Norte!’ (risos).

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