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Encontro Internacional de Dança do Pará (EIDAP 2022) abre com convidados especiais

Cia Paulista de Dança, bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e o dançarino de sapateado Lucas Bazanella encantaram a plateia.

Enize Vidigal
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O 13º Encontro Internacional de Dança do Pará (EIDAP 2022) estreou na noite de ontem, quinta-feira, 9, com a apresentação de “Uma Dança Antropofágica”, espetáculo inédito da companhia anfitriã, Ana Unger. O famoso dançarino de sapateado Lucas Bazanella, pela primeira vez num palco do Norte do país, arrancou gritos da plateia com o solo contemporâneo de estilo “hythm tap”. E a Cia Paulista de Dança, da diretora Adriana Assaf, convidada do evento, impressionou com tecnicidade e leveza no encerramento da noite com o ballet “Laurencia”. O EIDAP 2022 continua nesta sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12, com mostras de dança, sempre a partir das 20h. Os ingressos são gratuitos.

“Uma Dança Antropofágica” foi inspirado no “Manifesto Antropofágico”, lançado por Oswald de Andrade na Semana Nacional de Arte Moderna, há 100 anos. O escritor paraense João de Jesus Paes Loureiro assina o conceito do espetáculo adaptado à dança por Ana Unger, diretora artística do evento. A coreografia foi de Ivan Franco (solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro) e Christine Ceconello. Um áudio com Loureiro recitando poesia compôs trechos da apresentação, que evoluiu para o break com dois dançarinos convidados.

image Cia Ana Unger dança atrás de uma tela de projeção. (Cláudio Pinheiro)

Loureiro acompanhou os ensaios e explicou o conceito do projeto aos bailarinos. “Estou muito contente com o resultado que a Ana Unger e a equipe dela alcançaram coreograficamente. Eles materializaram artisticamente a ideia”, comemorou.

“O grande objetivo do EIDAP é provocar o olhar dos grandes polos (de produção cultural), gestores e promotores (de eventos) para a Amazônia. É uma vitrine. Durante esses dias, 500 bailarinos irão passar pelo palco”, antecipou Ana Unger.

image Pas de deux "Spartacus" com Ivan Franco e Deborah Ribeiro, do Teatro Municipal do Rio. (Cláudio Pinheiro)

Os bailarinos Ivan Franco e Deborah Ribeiro, ambos do Teatro Municipal do Rio, encantaram a plateia com o pas deux “Spartacus”. “Há seis anos venho sempre a Belém para fazer montagem, coreografar e dar curso, mas, hoje, foi a primeira vez que eu pisei no palco do Theatro da Paz. É incrível a energia, é uma emoção que não tem palavras”, disse Franco emocionado. Ele e Deborah dançam juntos há muitos anos. Ela contou que é intensa a carga emocional dos personagens na interpretação desse repertório: “Ela (personagem) está prestes a perder o amor da vida dela numa guerra, tem que trazer toda a essa emoção. Ele é um soldado, tem toda a paixão envolvida”. 

Sapateado e convidadas

Após levantar o público com passos surpreendentes de sapateado, Lucas Bazanella elogiou a “energia” do palco do Theatro da Paz, “é gratificante demais estar aqui, onde o sapateado está me levando”. Ele possui 18 anos de carreira. Ele dançou “Desestressando”. “A minha vertente é o ‘Rhythm Tap’, do sapateado americano, onde a gente brinca com muita velocidade e swing. Vou brincando com o público”. Já o professor Mickael Veloso fez uma apresentação de dança contemporânea com “Avesso”.

Outra convidada foi a professora de dança flamenca Yara Castro, que há 22 anos reside na Espanha. “Me sinto madrinha do flamenco aqui em Belém, onde me apresentei pela primeira vez há 32 anos”, recordou ela, que voltou à cidade em outras oportunidades. Yara apresentou “Bethary” junto com a Companhia de Dança Flamenca do Pará. 

image Luciene Rodrigues e Elielson na dança com cadeira de rodas. (Claudio Pinheiro)

 

E a presidente da Confederação de Dança em Cadeira de Rodas, Luciene Rodrigues, também convidada, apresentou “Assim se baila rumba” com o dançarino em cadeira de rodas Elielson Silva, da Cia do Nosso Jeito, de Belém. “Estou muito feliz pelo trabalho de dança inclusiva que acabamos de apresentar. Pude mostrar que a cadeira de rodas não é uma prisão, quando estou dançando crio asas”. 

Cia Paulista

A Cia Paulista de Dança, que também chegou pela primeira vez em Belém com todo o elenco de 20 bailarinos. O grupo apresentou o ballet de repertório russo em adaptação inédita no Brasil, que foi premiada com nota máxima no Festival de Joinville. “Esse balé é bem forte e impactante”, conta a diretora da companhia, Adriana Assaf.

Na noite desta sexta-feira, 10, Laurencia será reapresentado. E, no sábado e domingo, 11 e 12, os dois primeiros bailarinos da companhia, Larissa Luna e Paulo Vítor Rodrigues, apresentarão o pas de deux “Diana e Acteon”.

“Ficamos apaixonados pelo Theatro da Paz. Todo mundo fala que é muito bonito, mas quando nós entramos aqui, foi impressionante ver do palco, a beleza e a grandiosidade dele. É um dos teatros mais bonitos do Brasil. Dançamos em vários teatros, Municipal de São Paulo, Municipal do Rio, em Moscou (Rússia), Alemanha, Chicago (EUA), no Ópera de Paris (França), Londres (Inglaterra)... conhecemos todos esses teatros. O Theatro da Paz é de padrão internacional”, elogiou Adriana.

“Para o encerramento da noite, estamos trazendo uma das companhias mais premiadas do Brasil, que tem um currículo incrível e vai fechar a noite com chave de ouro. É só uma pequena amostra do que vai acontecer nos outros dias”, destacou Ana Unger. Os grupos vão dançar na mostra competitiva e na mostra de dança na sexta, sábado e domingo, 10, 11 e 12. Haverá entrega de medalhas, troféus e R$ 37 mil em prêmios.

Agende-se:

EIDAP 2022 continua

Dias: sexta, sábado e domingo, 10, 11 e 12

Hora: sempre às 20h

Local: Theatro da Paz

Ingressos gratuitos: 50% dos ingressos serão disponibilizados no dia do espetáculo, no site www.ticketfacil.com.br, a partir das 9h da manhã, e o restante na bilheteria do teatro (presencial) a partir das 18h.

 

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