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Eloy Iglesias celebra a irreverência no ‘Mangueirosamente’ e revela curiosidades da vida artística

Artista conta fatos de sua infância, o engajamento no Movimento LGBTQIAPN+, a experiência na Festa da Chiquita e outros temas

Eduardo Rocha
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No videocast desta sexta-feira (23), no Portal OLiberal.com, a partir das 19h, o apresentador Ismaelino Pinto recebe um entrevistado pra lá de especial, o artista Eloy Iglesias, conhecidíssimo como cantor, produtor cultural e coordenador da tradicional Festa da Chiquita, na véspera do Círio, um momento emblemático LGBTQIAPN+ em Belém, na véspera do Círio de Nazaré. “Eu sempre fui uma criança veada”, revela Eloy, no seu jeito direto de dizer o que tem de ser dito.

Com a desenvoltura de quem tem muitas histórias para contar, Eloy destaca que nos anos 70 teve experiências de sair caminhando e pegando carona pelo Brasil afora. Ele fala sobre o sobrenome Iglesias, a família dele, a infância e juventude no bairro do Reduto, marcado, como diz o cantor, como um espaço industrial e com a presença da classe operária na capital do Pará.

Eloy relembra que teve um romance na Doca de Souza Franco de outros tempos, e fala sobre o começo da Festa da Chiquita em sintonia com todo um contexto de movimento internacional de valorização das pessoas LGBTQIAPN+ e o envolvimento e liderança do intelectual Luís  Antônio Bandeira em Belém na década de 70.

Veado Verde

A Chiquita ganhou, em 2024, 37º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Ministério da Cultura (MinC) como uma das iniciativas culturais de destaque nacional. Este ano, o tradicional Troféu “Viado de Ouro” será intitulado “Veado Verde”, “Veado da COP”, em referência à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, em novembro próximo.

Como divulgou o MinC: “Realizada há quase 50 anos, a Festa das Filhas da Chiquita é um bem associado ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré, reconhecido como Patrimônio Cultural brasileiro desde 2004 e como Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco desde 2013. A Festa é realizada desde 1970 em Belém do Pará, após a passagem na Berlinda, durante a Transladação do Círio”.

Liberdade

Nascido no dia em que a saudosa Carmem Miranda morreu, Eloy Iglesias diz que a Festa da Chiquita abrange a todo um processo de crescimento. A Festa foi ressignificada e conta com a apresentação de grupos de carimbo e de outros artistas, buscando valorizar a cultura amazônica. “A Chiquita é um grande festival da cultura, da diversidade paraense”, enfatiza o produtor cultural, observando que se trata de um evento do Pará.

Ismaelino Pinto destaca no bate-papo com Eloy que a Festa da Chiquita tomou conta da extensão da Praça da República, na noite de outubro. E, então, Eloy, não perde a oportunidade: “Seria um Woodstock LGBT, entendeste?”. O artista diz que o evento é uma ode à liberdade, ao amor, e a festa tem que sempre ficar de frente para a passagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. E a Festa chegou ao ponto de ser colocada no calendário de famílias. Eloy diz que a intenção do movimento não é desrespeitar o credo de ninguém, mas, sim, agregar pessoas de diversas correntes religiosas.

Gêneros

Na conversa, Eloy desfila colocações interessantes relacionadas a nomenclaturas (sobre gênero) das pessoas, destacando que ser não binário (não se identifica nem como homem nem como mulher) ao invés de gay como pensava anteriormente.

“Hoje, tu pode ser quem tu quiser”, acrescenta o cantor. Confira a íntegra da conversa no “Mangueirosamente” no Portal OLiberal.

 

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