DJ que explodiu em festival indiano com Mega Príncipe Negro volta a Belém para fazer remix

Necropsycho participou do festival Cosmic Spirit III, realizado em Goa, na Índia, e viralizou com set que inclui famoso tecnobrega paraense

Bruna Lima
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Depois de apresentar a música "Mega Príncipe Negro", de Bruno e Trio, em um festival realizado na Índia, o DJ paulista Necropsycho volta a Belém para fazer o remix da música. A nova roupagem do tecnobrega será lançada no dia 5 de março, no evento "Floresta Amazônica", que acontecerá na Maloca das Amazonas.

Necropsycho participou do festival Cosmic Spirit III, realizado no estado indiano de Goa, e dez dias depois se surpreendeu com a viralização de vídeos do momento em que introduziu no seu set a música "Mega Príncipe Negro".

"O meu set é feito ao vivo e na hora senti vontade de tocar. Por se tratar de uma música autoral de outra pessoa eu nunca gravei, era ao vivo. O vídeo viralizou depois de 10 dias, enquanto eu ainda estava na Índia. Eu estava dormindo quando comecei a receber várias mensagens", contou o DJ. Depois disso, Bruno entrou em contato com Necropsycho e o convidou para fazer o remix. "Ele liberou para soltar, já está no processo final para colocar nas plataformas digitais", acrescentou o DJ paulista.

Ouça a versão feita por Necropsycho:

Essa história com o Pará começou em 2018, quando Necropsycho resolveu fazer uma homenagem ao estado e à música paraense. Ele recebeu de amigos um vasto repertório de música regional e, durante o levantamento das músicas, achou que "Mega Principe Negro" se encaixava com o tipo de gênero que usa, que é o Psytrance (darkpsy).

Ele participou de uma festa na ilha de Cotijuba, nesse mesmo ano, e foi quando apresentou a música com uma nova roupagem para o público. "O público amou, foi uma loucura", pontuou o DJ.

Foi quando ele decidiu tocar a música, mas diz que não foi algo pensado, apenas uma forma de demonstrar a admiração pela cultura paraense. "Foi engraçado, pois no Sul e no Sudeste muita gente não conhece o tecnobrega e fui bem criticado por isso, de uma forma pesada até. Mas os paraenses sempre estiveram ali do meu lado. A cultura do Pará é rica e única, por onde eu já fui nunca vi uma cultura tão forte, que vai da comida à música”, pontua.

Necropsycho tem um projeto de música eletrônica desde 2003, com três álbuns já gravados, o último deles chamado "Esfera". Suas composições têm uma personalidade própria com forte influência da música eletrônica, folk e ritmos étnicos ancestrais. Segundo ele, o intuito é "alcançar os mais diversos afetos da alma por meio do som". O trabalho do DJ paulista é reconhecido mundialmente. Ele apresentou em países da América do Sul e Central, Europa, Índia e, claro, em grandes festivais brasileiros.

Suas apresentações são marcadas por longos rituais feitos de maneira única e experimental. “Como todos os estilos têm uma vertente também existe o darkpsy, que é um estilo mais pesado do Psytrance. Tenho uma abertura de misturar outras coisas, gosto de trazer para o público uma experiência diferente”, destaca.

O Psytrance teve seu início com o Goa Trance, um gênero musical que tem como característica um som mais orgânico com melodias alegres, utiliza a repetição de elementos e o uso de arpejos que tornam o som hipnótico. Além disso, apresenta bumbo característico com pitch menos elevado, trechos de mantras indianos e efeitos psicodélicos. Seu precursor foi o DJ Goa Gill, com batidas conectadas à espiritualidade e yoga. Ele acreditava que o trance levava os ouvintes a estados elevados de consciência.

O trance psicodélico é um gênero da música eletrônica que surgiu no final da década de 80 em Goa, no oeste da Índia. Com suas praias paradisíacas e sua cultura minimalista, Goa acabou se tornando um ponto de encontro internacional de místicos, anarquistas, filósofos e pessoas interessadas em espiritualismo.  

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