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'Corpos D'água' exposição da fotógrafa Elza Lima une o paisagismo e fotografia e está aberta a visitação até 3 de agosto

São 30 fotos expostas na Casa Namata até o dia 3 de agosto, entrada franca

Emanuele Corrêa
fonte

A exposição "Corpos D'água", da fotógrafa paraense Elza Lima, é realizada pelo Sesc e conta com a parceria da paisagista Ana Carla Feitosa, na Casa Namata, localizada na avenida Conselheiro Furtado, 287, Batista Campos. São 30 fotos inéditas, abertas à visitação até o dia 3 de Agosto. Com a temática das pescadoras de Porto dos Milagres, em Santarém, a exposição compõem a segunda parte do projeto, que também expôs outras 30 fotos em São Paulo, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"O conceito 'Corpos D'água' é o que norteia o ser humano e o bicho. Todos os seres são feitos de água. Então, se desmatarmos a floresta, não teremos água. Se não preservarmos, se poluirmos, não teremos vida, pois água é essencial. Somos compostos de água. A exposição lembra que a água é necessária para a vida", disse Elza, também relembrando que a água em questão, possibilita a pesca e a subsistência das pescadoras de Porto dos Milagres.

A fotógrafa contou que conheceu as pescadoras em 2003, em outros trabalhos. Entre 2010 e 2017 realizou as fotos que estão expostas e deveriam ter sido apresentadas no Sesc, em Belém, simultaneamente com a exposição de São Paulo, na Fiesp. No entanto, a pandemia impossibilitou o projeto que só pôde ser retomado este ano, dia 3 de junho, quando inaugurou em Belém. "Essa exposição de Belém, com o convite da Ana, o Sesc cedeu as fotos que já estavam produzidas nesses tamanhos de 1,80cm e outros, e autorizou fazermos neste espaço", reforçou.

"Dividi essa exposição em duas. Em São Paulo, na Fiesp e aqui em Belém com as outras 30 fotos inéditas. Na paulista, ficou seis meses. Mas a minha ideia é juntar tudo em um só espaço, com aproximadamente 60 fotos. E mais com as que farei este ano em Portugal, mostrando Santarém de Portugal, também com a temática das pescadoras avieiras", revelou.

image Ana Carla Feitosa, paisagista e a fotógrafa Elza Lima, na Casa Namata. Uma parte da exposição começa na entrada da Casa. (Thiago Gomes / O Liberal)

Ana Carla Feitosa, paisagista, afirmou que a exposição dialoga com o ambiente da Casa Namata, que tem a característica de baixa incidência de luz, devido ao telhado arqueado. Ela conta que plantas da amazônia, que são plantas adaptáveis, estão presentes no espaço, com grande diversidade botânica. "Enorme honra trazer uma fotógrafa como a Elza. A exposição tem muita relação, pois na Casa Namata tentamos trazer essa Amazônia Contemporânea que dialoga muito com as fotografias da Elza. Foi muito natural essa integração, de manter o espaço na essência e integrar a exposição ao paisagismo, foi uma bela junção", comentou.

Sobre o retorno dos visitantes, Ana contou que o retorno é positivo e que o intuito de sair de uma galeria de artes e ir para um espaço como a Casa, possibilita que mais pessoas tenham acesso ao trabalho. "A gente percebe que os clientes sempre ficam muito felizes e deslumbrados com a exposição, nem todos visitam a casa sabendo da exposição, mas esse é o diferencial, que é um espaço de exposição, que agrega a experiência e possibilidade que mais pessoas contemplem essas obras, que tentamos valorizar de todas as formas, com artistas obras da Amazônia", finalizou.

image A ideia é dar seguimento ao trabalho que foi finalizado em 2018 em Santarém, no Pará, mas fazer a ligação com Santarém de Portugal, no rio Tejo, próximo a Lisboa, revelou Elza sobre seu próximo trabalho. (Thiago Gomes / O Liberal)

Santarém do Pará e de Portugal em uma exposição

De acordo com Elza, além da exposição com as fotos de Santarém do Pará, ainda este ano, ela pretende viajar para fotografar as "avieiras", as pescadoras de Santarém, em Portugal. A ideia é dar seguimento ao trabalho que foi finalizado em 2018 em Santarém, no Pará, mas fazer a ligação com Santarém de Portugal, no rio Tejo, próximo a Lisboa. As fotos que foram expostas em São Paulo e as outras que estão sendo expostas em Belém, farão parte da nova exposição com as duas "Santarém".

Sobre a pesca, Elza reforçou que continua dando visibilidade ao protagonismo das mulheres e a relação com as águas. "A pesca é a profissão mais antiga do mundo, o homem sempre pescou, mas a mulher o feminino tem metade do tempo na pesca. A mulher como em tudo acaba se inserindo depois do homem. Quis enfatizar essa profissão que tem uma parcela feminina e que tira a sua sobrevivência disso. Mostrar o protagonismo delas", disse sobre as pescadoras santarenas.

"As avieiras que são as pescadoras de Portugal, elas primeiro só limpavam os peixes, depois que elas foram pescar com os maridos... Lá em Faro, no baixo Amazonas, tem uma pescadora que é empreendedora, que estava à frente e que tinha três barcos, é referência. Quando eu estava fazendo o trabalho com as Amazonas, eu a conheci muito antes de pensar neste trabalho. Eu só vim conhecer o Porto dos Milagres 2003", finalizou.

 

Serviço

Exposição: "Corpos D'água" da fotógrafa Elza Lima, Sesc e Casa Namata

Local: Casa Namata, avenida Conselheiro Furtado, 287, Batista Campos.

Visitação: de acordo com o funcionamento da Casa Namata

Entrada: gratuita

Mais informações: @casa.namata

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