Festival de Berlim 2020: 'Meu nome é Bagdá' é premiado na Generation 14Plus
Produção brasileira é uma adaptação de Bagdá, O Skatista, de Toni Brandão
Se tivesse feito Meu Nome é Bagdá há cinco anos, quando iniciou o processo, Caru Alves de Souza é a primeira a admitir que o filme seria outro. Trata-se de uma adaptação de Bagdá, O Skatista, de Toni Brandão. Para começar, Bagdá, no livro, é um garoto de periferia. Tem uma prima - Tatiana. Pesquisando sobre skate, Caru chegou à pista da Praça Roosevelt, em São Paulo, e descobriu as garotas que têm de superar o preconceito para usufruir daquele espaço. O filme tomou outro rumo. Mulheres causando nas ruas, lutado por seus direitos, sua voz. Dos numerosos filmes brasileiros na Berlinale de 2020, Bagdá foi ao pódio. Recebeu na noite da última sexta-feira (28) o prêmio da seção Generation 14Plus.
Dois dos quase 20 filmes apresentados nas diferentes seções do Festival de Berlim são coproduções. O outro premiado foi o uruguaio-brasileiro, no Forum. Chico Ventana También Quisiera Tener Un Submarino, de Alex Piperno, foi feito graças a um edital que não existe mais - para produções com capital majoritário do Uruguai e minoritário do Brasil. Uma porta, ou um portal, abre-se num apartamento na América do Sul conectando Chico Ventana com a selva das Filipinas. A fantasia atraiu o público do jornal Tagespiegel, que atribuiu seu prêmio a Piperno
Um possível candidato à seleção de Gramado? "Ainda não sabemos", disse o diretor, ao lado do produtor. "O filme deve passar em festivais internacionais e, por se tratar de coprodução brasileira, vamos ver também o Brasil. Ainda não temos nada definido. Só estamos curtindo a alegria dessa vitória inesperada".
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