Crítico paraense avalia os indicados a Melhores Atriz e Ator Coadjuvante no Oscar 2021

A premiação do Oscar 2021 está chegando. Nesta quarta-feira, 21, O Liberal detalha os candidatos às categorias de Melhor Atriz Coadjuvante e de Melhor Ator Coadjuvante sob o olhar do crítico de cinema paraense Ismaelino Pinto. Entre as indicadas está a veterana Glenn Close, por ”Era Uma Vez um Sonho”. Ela já foi indicada seis vezes, mas nunca levou a estatueta dourada para casa. A cerimônia da festa do cinema americano será no próximo dia 25.

Close interpreta a matriarca de uma família desajustada, no drama produzido pela Netflix. Outra veterana indicada este ano é Olivia Colman, por “Meu Pai”. A britânica vive a filha de um idoso confuso e resistente a receber cuidados.

“Essas categorias são muito fortes, trazem muita gente boa. Os destaques deste ano são Glenn Close e Olivia Colman, duas atrizes de peso, mas acho que elas não vão levar este ano”, opina Ismaelino, que aposta nas novatas Maria Bakalova, por “Borat: Fita de Filme Seguinte”, e Amanda Seyfried, por “Mank”. “Elas vêm bem faladas do Globo de Ouro, como as favoritas. Amanda interpreta a mulher de Mank, o roteirista de ‘Cidadão Kane’, que foi o cara mais poderoso do cinema no mundo. E a húngara Maria faz a filha do famoso repórter do Cazaquistão na comédia em que ele viaja aos Estados Unidos para fazer um documentário”. Outra candidata é a sul-koreana Yuh-Jung Youn, por “Minari”.

Em 2019, Close levou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático por “A Esposa”, com o qual também teve outras indicações em festivais de cinema. Ao longo da carreira, ela arrebatou três Globos de Ouro e dois Emmys, entre outros. Já Colman, venceu o Oscar de Melhor Atriz em 2019 com “A Favorita”, papel que rendeu a ela outras vitórias, como no Bafta, no Globo de Ouro e no Prêmio do Cinema Europeu. A personagem mais famosa dela é a Rainha Elizabeth, da série “The Crown”, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série, em 2020.

Amanda Seyfried é atriz, cantora e modelo americana, conhecida por filmes como “Meninas Malvadas” e ‘Querido John”, “Lovelace” e “Cartas para Julieta”. Maria Bakalova ganhou reconhecimento com “Borat”, pelo qual tornou-se a primeira búlgara indicada ao Globo de Ouro e Oscar, entre outros. Youn Yuh-jung estrelou “Woman of Fire”, “The Housemaid”, “The Taste of Money” e “The Bacchus Lady e, com Manari, obteve prêmios no Bafta e no Sindicato dos Atores.

Atores Coadjuvantes

“Sacha Baron concorre pelo drama ‘Os 7 de Chicago’, onde vive um dos militantes julgados, mais chama a atenção o contraste com o papel dele na comédia ‘Borat’. Excelente ator. Lelis Odom Jr também está bem em ‘Uma Noite em Miami’ e Paul Raci está sensacional no papel de guru em ‘O Som do Metal’, mas acredito que quem vai levar este ano seja um dos indicados de ‘Judas e o Messias Negro’, Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield, por conta do movimento de inclusão e atores negros no cinema”, avalia.

Daniel Kaluuya é ator e roteirista britânico que  já venceu como Melhor Ator Coadjuvante por ‘Judas’ no Globo de Ouro, Bafta, Critics Choice Awards e Sindicato dos Atores, em 2020. Ele atou em ”Pantera Negra” e “Corra!” e foi premiado e aclamado pelo papel de Chris Washington no filme “Get Out”. Já Lakeith Stanfield, é ator e rapper americano que foi reconhecido pelo Bafta em 2019 como Astro em Ascensão. Ele também atuou em “Corra!” e “Atlanta”.

O americano Paul Raci está sendo aclamado pela crítica na atuação como “Joe”, o mentor surdo do personagem principal de “O Som do Metal”. O filme rendeu a ele o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no National Society of Film Critics Awards 2020. Já o britânico Sacha Baron Cohen venceu como Melhor Ator em Comédia ou Musical no Globo de Ouro de 2020, com “Borat”, e Melhor Ator Coadjuvante com “Os 7 de Chicago” no AACTA International Award.

E o ator e cantor americano Leslie Odom Jr. vive a lenda do soul Sam Cooke na noite em que ele encontra o lutador Muhammad Ali, o ativista Malcolm X e o jogador de futebol americano Jim Brown. Leslie venceu o Tony Award e o Grammy de melhor álbum de teatro musical pelo protagonista Aaron Burr no musical da Broadway “Hamilton”, em 2016.