Cantora paraense Thays Sodré une culturas brasileiras em seu primeiro álbum ‘Flor do Destino’

Ao todo ficaram disponíveis 12 faixas para o público, que se resumem em onze canções e uma lenda com trilha, a “Lenda da Pororoca”, que Thays aprendeu com o avô Pedro Sodré

Amanda Martins
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A cantora paraense Thays Sodré, natural de São Domingos do Capim, lança hoje, 10, seu primeiro álbum intitulado “Flor do Destino”, em todas as plataformas digitais. Com 12 faixas, entre autorais e releituras de clássicos já conhecidos pelo público, a jovem artista, cuja trajetória inclui prêmios em festivais, promete entregar um trabalho repleto de significados e influências culturais de várias regiões do Brasil. Thays revelou que o álbum representa uma combinação de releituras de músicas tradicionais do Pará e faixas inéditas que a cantora compôs. As canções abordam uma ampla gama de temas, desde desilusões amorosas até celebrações da cultura amazônica.

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Em entrevista ao Grupo Liberal, Thays afirmou que o lançamento do álbum representa um marco em sua carreira, simbolizando uma nova fase artística. Cheia de gratidão, a cantora se diz animada por criar um trabalho que expresse sua verdade e suas raízes culturais. 

“Mesmo com a experiência dos palcos, é maravilhoso ver o meu primeiro álbum tomando forma e finalmente nascendo para o mundo. Tem muito coração, muito amor e parceria na construção desse projeto entre todos os envolvidos, produção, músicos, toda a equipe e de todos que torceram e colaboraram para que o sonho do álbum pudesse se realizar”, disse a artista. 

Segundo a artista, ao todo são 12 faixas, que se resumem em onze canções e uma lenda com trilha, a “Lenda da Pororoca”, que Thays aprendeu com o avô Pedro Sodré e que “conversa totalmente com o clima do álbum”. Ela afirmou que está ansiosa para compartilhar o seu trabalho com o público. 

“Espero que todos possam se emocionar ao ouvir ‘Flor do Destino’. O álbum nos provoca a reflexão de pensar sobre o desabrochar da vida, as dores, as alegrias, as estações do ano, as secas e as chuvas que fazem parte, e em tudo tem beleza, tudo reforça a força e riqueza de um povo”, refletiu a artista sobre o novo trabalho.

Para Thays, a música é uma ferramenta poderosa para unir culturas e compartilhar histórias. Ela descreve seu primeiro álbum como uma maneira de “colocar luz sobre suas raízes”. Nele, ela traz uma mistura de estilos e sonoridades, como por exemplo, o baião, xote, carimbó, o samba e o “brega abolerado”. 

“Os estilos surgiram das influências que recebi ao longo da vida e que de alguma forma me marcaram. O  brega, eu dançava com meu pai; o carimbó do ‘Tio Flor’ que acontecia ao lado da minha casa em São Domingos; a Música Popular Paraense que ouvia na escola, na casa da minha família; e o forró, como gênero que engloba o baião, o xote, o forró e o xaxado, que me iniciou na carreira artística de fato”, relembrou a artista sobre a formação do repertório.

Entre as canções que estão no disco, o público poderá encontrar músicas já famosas do repertório paraense, como “Flor do Destino”, que dá nome ao álbum, e “Sabor de Açaí”, conhecidas na voz do cantor Nilson Chaves; o “Carimbó da Pororoca” de Irelson Capim Show, interpretados pela própria Thays. Além de novas composições da cantora, como “Confissões” e “Encanto”, em parceria com o produtor musical Rodrigo Garcia.

Reunir um repertório tão variado foi um grande desafio para a cantora, que se propôs mostrar vários “Brasis” que conhecem, embora saiba que precisa explorar muito mais. “Tem muito coração e muito amor em todas as escolhas”, acrescentou.

Thays também menciona o desafio de trazer um repertório autoral para o público presente na região Sudeste, onde mora atualmente. “Estamos tentando realizar mais shows e ao mesmo tempo surpreender as pessoas que estão abertas a ouvir músicas, as lendas, aprender dançar o carimbó. Acredito que nesse momento é a minha principal missão”, afirmou a cantora sobre querer mostrar a diversidade musical do país pela sua música. 

Trajetória

Sodré revelou que sua jornada na música começou aos cinco anos, quando ela foi introduzida ao universo da flauta-doce por seu mestre, o Profº Nazareno Moreira, carinhosamente conhecido como "Tio Neno". Ao longo do tempo, Thays expandiu seu repertório para incluir outros instrumentos, como violão e clarinete, mergulhando em músicas brasileiras e paraenses.

A paraense mudou-se para o Rio de Janeiro aos 16 anos, onde começou uma nova fase em sua jornada musical. Lá, ela se deparou com uma ampla variedade de estilos musicais que a surpreenderam e a inspiraram. A música nordestina, o forró pé-de-serra, e a influência de artistas como Dominguinhos, Anastácia, Cecéu, e outros começaram a moldar sua carreira e aprofundar suas raízes na música brasileira.

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