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BBB 22: Saiba o que é gaslighting, termo usado por Maíra Cardi para mostrar crime de Jade Picon

A coach disse erroneamente que gaslighting é uma patologia, ao acusar a influencer do BBB de crime

Bruna Dias
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Após a eliminação de Naiara Azevedo no Big Brother Brasil 22, nesta terça-feira, 08, a internet mudou rápido o tema e gerou uma grande discusão. Leo Picon, irmão de Jade Picon, a Líder da semana, iniciou uma live e logo em seguida Maíra Cardi, mulher de Arthur Aguiar, pediu para participar do ao vivo.

A ex-BBB disse que a equipe de Jade cometeu um crime ao compartilhar no perfil da influenciadora acusações ao seu marido: "Isso é uma coisa muito grave que afeta a vida dela aqui fora, estou tentado falar com você por causa disso, porque imagino que você saiba falar com eles".

"Como é uma coisa muito séria, ela com certeza não aprovaria uma coisa dessas e isso afeta a vida dela aqui fora, isso é um crime", afirmou. “Além da equipe da Jade ter cometido um crime muito grave, ela ainda invocou mulheres, chamando as feministas à favor dela, como se essa doença inventada fosse real", acrescentou a coach.

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Maíra estava falando sobre o gaslighting e em alguma das suas falas ela explica o termo como uma patologia. “Você acusar uma pessoa de doença psíquica é crime. No caso dela, ela teria cometido dois, por também ter quebrado o contrato com o Big Brother Brasil”, afirmou.

Mesmo que seja configurado como um crime, já que é uma violência psicológica, o gaslighting não é uma patologia. “É um termo que começou a ser utilizado para descrever fenômenos psicológicos que envolvessem manipulação de pessoas. Esse fenômeno pode se manifestar nas nossas vidas através de namorado controlador, por um colega de trabalho que consegue receber créditos por algo que ele não fez. Uma coisa é certa, todas estão sujeitas a conviver com um gaslighter, ou seja, uma pessoa que pratica uma violência psicológica utilizando mentiras e distorções para manipular alguém, e faz com que a vítima tenha sua percepção alterada da realidade, levando-as a questionarem suas memórias e até a própria sanidade”, explicou a pesquisadora, professora e feminista Adriana Simões.

“O que Artur fez pra mim não foi gaslighting, porque esse comportamento é uma forma de violência psicológica típica de relacionamentos tóxicos, em que o abusador distorce, mente e manipula a vítima até ela achar que enlouqueceu e está errada”, acrescentou.

De acordo com o livro “O Fenômeno Gaslighting”, de Stephanie Sarkis, o termo surgiu em 2004, ao ser adicionado ao Oxford English Dictionary, mesmo que em 1938, ele já tenha sido cunhado pelo dramaturgo inglês Patrick Hamilton na peça Gas Light.

“Algumas das frases mais comuns de gaslighting, são: ‘será que estou louca?’, ‘será que não é bem isso?’, ‘será que exagerei e ele tem razão?’.  Nós, mulheres em todas as áreas da nossa vida, estamos propensas a sofrer com esse fenômeno. Esse é um comportamento que pode acontecer em todos os cenários da vida, pode ser cometido por: namorado, pai, marido, colega de trabalho, amigo e etc.  Um gaslighters tem o poder de distorcer a verdade. Ele manipula, esconde e coloca outras pessoas contra a vítima, além de desqualificar mulheres ao construir a imagem de loucas, histéricas, descontroladas, incapazes e é preciso entender que na sociedade patriarcal que vivemos o Gaslight é também sobre poder e é importante frisar que é uma forma de machismo, de violência, de abuso psicológico e como tal é crime”, acrescentou a pesquisadora.

De acordo com Adriana, o gaslighting opera no reforço de uma sociedade machista, pois os mesmos traços quando são observados em homens são tidos como confiança, poder e liderança, nunca como descontrole, agressividade e outros. “São nessas "sutilezas" que o machismo se mantém como norma nesta sociedade”, disse.

Mesmo que o contato com o termo seja novidade para muitas mulheres, certamente algumas já passaram por situações de gaslighting. “Os gaslighters infernizam a vida das pessoas par manipulá-las e controlá-las; costumam atacar aquelas que têm menos poder e  autoridade, e ameaçam quem tenta denunciar seu comportamento. Também  podem ser autores de violência doméstica, cometendo violência verbal, física, sexual ou emocional para manter suas vítimas em estado permanente de medo”, finalizou Adriana.

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