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Bando Mastodontes destaca Amazônia ancestral em videoclipe

Com som marcado por tambores, o clipe de “Ciranda Celestial” traz Amazônia preta e indígena com ritos e cura

Thainá Dias

O Bando Mastodontes lança nesta quarta-feira (21) o clipe "Ciranda Celestial", da música que nomeia o primeiro disco do grupo, lançado este ano pela Natura Musical. A banda conta com dez artistas de Belém, que visam juntos fazer uma música híbrida, política e social. Sem esquecer das artes cênicas que é de onde vem parte do seu repertório, já que as origens do Bando Mastodontes estão ligadas ao movimento teatral. O videoclipe estará disponível no canal do youtube do Bando.

Segundo o baixista do Bando Mastodontes, Rodolfo Mendonça, “estou muito grato por estarmos encerrando esse ciclo do nosso álbum dessa forma, com o lançamento desse clipe da música que dá nome ao nosso trabalho. O vídeo condensa tudo aquilo que nós acreditamos durante todo esse tempo, envolve pessoas que acreditaram no nosso trabalho. É lindo e uma das melhores maneiras possíveis de encerrar esse álbum, pois já estamos pensando no próximo projeto. É um sonho se realizando”, afirmou.

O videoclipe é dirigido por Lucas Mariano, criador paraense por trás de projetos de artistas como Gaby Amarantos. Algumas cenas foram feitas no ensaio fotográfico da banda, outras no bairro da Marambaia e locações nos arredores. Há também momentos da grande ciranda dançada pelo Bando no Casarão dos Bonecos. A partir de todos esses elementos, Lucas imprime sua estética audiovisual. Para o músico Luciano Lira, “o movimento celestial é ciranda poética de quem olha para a vida e se entrega à gravidade que nela existe, expansão da consciência que se prenha de sentidos através desse estado de giro, um ser que se deixa orbitar, um ser que se deleita em satélite, um ser celestial que nos permite retornar àquilo de que somos feitos: poeira estelar em movimento", destacou.

O novo projeto do Bando Mastodontes foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de nomes como Nic Dias, Sumano MC, Festival MANA e Mestras do Pará, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 69 projetos até 2020, como Manoel Cordeiro, Dona Onete, Pinduca, Felipe Cordeiro e Thaís Badú.

De forma independente, o Bando Mastodontes já produziu um EP Visual e Ao Vivo, gravado em parceria com a Kasa Coentro e com a produção da Equipe Reduzida; o EP Aperte o Play, com quatro faixas assinadas pelo produtor musical Dan Bordallo, gravado e mixado no Estúdio Floresta Sonora; e um álbum Ao Vivo, gravado no Estúdio Showlivre em São Paulo e mixado e masterizado pelo Estúdio Casa (em Belém), do multi-instrumentista e produtor musical Armando de Mendonça.

Rodolfo complementa, que “a gente é uma banda independente do Norte. Já não bastasse ser uma banda independente, temos o ‘fator Amazônia’, que torna ainda mais desafiador para produzir e divulgar o trabalho artístico, diferente do que ocorre no sudeste. Então o nosso objetivo ao lançar os clipes é ter mais uma ferramenta para furar a bolha, chegar a outros públicos, levar a música do Norte a cada vez mais gente”, concluiu o baixista.

Fundado em 2015, o grupo é formado por Jimi Britto (guitarra), Ana Marceliano (percussão, voz e composição), Fernanda Noura (voz), Luciano Lira (violão, voz e composição), Caio Azevedo (bateria), Katarina Chaves (percussão), Bruna Cruz (percussão, voz e composição), Armando Mendonça Filho (voz, percussão, violino, violão e bandolim) e Rodolfo de Mendonça (baixo).

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Cultura
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