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Atriz Evelyn Castro fala sobre novos projetos, carreira e planos para o futuro em entrevista exclusiva

Recentemente Evelyn interpretou a empregada Deusa, na novela da TV Globo 'Quanto mais vida melhor' e, entre os trabalhos atuais, interpreta a Maria Augusta, na série original da Globoplay "Encantado's"

Emanuele Corrêa

A atriz, humorista e cantora Evelyn Castro já fez inúmeros filmes e esquetes no Porta dos Fundos, coletivo do qual faz parte. A atriz dá vida a personagem "Marraia", no seriado "Tô de graça" com seis temporadas no Multishow. Recentemente interpretou a empregada Deusa, na novela da TV Globo "Quanto mais vida melhor" e, entre os trabalhos atuais, interpreta a Maria Augusta, na série original do Globoplay "Encantado's", que traz em sua maioria um elenco negro, retratando o bairro na região do Méier, no subúrbio do Rio de Janeiro. Em entrevista exclusiva à Redação Integrada de O Liberal, Evelyn falou sobre as personagens, novos trabalhos, carreira, saúde mental, família e amor.

image Evelyn Castro dá vida a personagem "Marraia", no seriado "Tô de graça" com seis temporadas no Multishow. Recentemente interpretou a empregada Deusa, na novela da TV Globo "Quanto mais vida melhor" e, entre os trabalhos atuais, interpreta a Maria Augusta, na série original do Globoplay "Encantado's" (Reprodução / Andrea Rocha)

1. Como foi fazer a Deusa e estrear em uma novela?

Fazer a deusa foi um presente enorme. Ela começou no meu teste, lá onde eu conheci o Thardelly e foi uma conexão que é divina. Já começou daí, a Deusa é especial. Os diretores pediram para eu cantar Tina Turner. Eu pensei na hora: 'nossa, um presente, pois eu amo Tina e eu estava fazendo o espetáculo 'Quebrando regras - um tributo a Tina'. Eles nos deixaram muito livres para criar. Eu tinha uma personagem na minha mão e também para saber como eu me sairia num folhetim inteiro. E foi um desafio para mim, e para a humanidade, gravar durante a pandemia.

 

2. Foi difícil se despedir da Deusa, como conciliar com as demais personagens?

Eu comecei a fazer a deusa perdendo o meu avô. Era um cara que amava novelas. Que queria me ver na novela. A Deusa contribuiu para o amadurecimento da Evelyn. Acho que ela funcionou tanto, me trouxe alegria, uma conexão verdadeira. E me despedir dela, foi muito difícil. Eu me despedi do estúdio, e ela começou na TV. Quando terminou a novela, eu fiquei 'meu deus, eu tô muito triste' eu tive duas despedidas... Eu não sei como funciona. Mas é muito verdadeiro. Eu sempre busco a conexão. Quando juntam todos os personagens, eles tomam vida própria. A Marrai eu faço há seis anos. É quem eu mais me identifico, ela me trouxe desprendimento. Já a Deusa é uma mulher batalhadora, cuidadosa com as pessoas. A Maria Augusta, é o oposto de todo mundo, perua, quer estar nos 'trending topics'. Eu estive desconfortável nela, e isso é ótimo para a atriz, mas eu me encontrei na humanidade dela.

 

3. Como foi gravar o novo projeto "Enrolado's" do Globoplay?

Já terminamos há um mês as gravações. Vou falar da minha vida, do subúrbio carioca. É um elenco que tem uma raiz nesse lugar. É um elenco negro e isso tem que ser dito. Estou feliz. Em fazer parte de tudo isso. De ser acolhida. Eu não sou branca. Estar nesse lugar, é estar em um lugar de identificação. Também tem a questão do carnaval, do subúrbio, que são os grupos menores que têm o sonho de chegar na Sapucaí. O subúrbio é íntimo, pessoas que batalham pra caramba. Então, depois de tudo o que vivemos nessa pandemia, Encantados vai trazer alegria para as famílias. Entender esse amor que as pessoas têm ao viver o carnaval o ano todo. Eu sou tijucana de coração. Trabalhar com Vilma Melo, que é uma atriz que eu admiro há muito tempo e já passou da hora de estar nessa posição e Luís Miranda, que eu faço a mulher dele, é uma honra. Eles são irmãos e herdaram o supermercado e a escola de samba, que na trama une o subúrbio.

 

4. Saúde mental, física, família, como lidar com tudo isso na pandemia? 

Eu coloco a saúde mental no topo. Acredito no corpo que fala, doenças que vem pelo estresse do dia a dia. Eu estou tentando entender a Evelyn pós pandemia. Fomos perpassados por muitas coisas, perdas, guerras. Eu procuro entender o que está acontecendo, quem sou eu, o que eu quero deixar para o meu filho e essa geração que está aqui do lado. Eu ganhei muito nessa relação mãe e filho, mas não foi fácil. Ganhei um amiguinho de 7 anos, que eu admiro, observo... Só estamos aqui nessa situação mais tranquila, graças a vacina, profissionais da linha de frente, divulgação da imprensa. Meu recado é: 'Deem atenção à saúde mental. Se investiguem, pensem. Cuidem da mente, aí você cuida da saúde e de quem está ao redor".

image A atriz, humorista e cantora Evelyn Castro já fez inúmeros filmes e esquetes no Porta dos Fundos, coletivo do qual faz parte. Entre os trabalhos atuais, interpreta a Maria Augusta, na série original do Globoplay "Encantado's", (Reprodução / Andrea Rocha)

5. Quais os desejos para o futuro e os planos na carreira e no amor?

No geral, que a gente possa amadurecer, trabalhar em conjunto, ter mais paciência e que as pessoas saiam de casa para votar. Não adianta reclamar que tá ruim e não levantar para fazer a sua parte. Espero que possamos ter um mundo mais justo e que caminhemos com a ciência, respeitando os profissionais da saúde. Em relação à carreira, quero voltar aos palcos do teatro. Estou com saudades. 'Tô' nesse processo de levar o meu, para vocês todos. Quero ir para Belém. Tomara que eu consiga ir no período do Círio. Preciso também voltar com a cantora... E na parte amorosa, pode vir um casamento aí (risos). Eu namoro o Alysson Pires, ele é de BH. A gente namora a distância. Foi um desafio. Eu até falei 'se a gente não casar agora, o que a gente passa com a distância, porque ele trabalha para caramba e eu também, então, está aí Belém. Não tem porquê não ter um casamento. Está intimado. Vai ter uma junção de Rio e Minas (risos).

 

6. Como é trabalhar no Porta dos Fundos?

Meu dever e serviço é minha arte. É por isso que eu sou do coletivo Porta dos Fundos. Eu faço questão de dizer que eu sou apaixonada, de estar lá, trabalhar lá. Questionar lá. Os vídeos que fazemos lá eu questiono, e me coloco no lugar. Sinto raiva ou felicidade, tanto quanto todo mundo. Cabeça foi feita para pensar, como dizia meu avô.

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