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Artistas traduzem a visualidade amazônica das obras de Paes Loureiro

Núcleo do salão mostra em imagens a relação da arte com a obra do homenageado deste ano

Vito Gemaque
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A extensa obra de João de Jesus Paes Loureiro é a inspiração para os artistas que estão presentes no Arte Pará 2019. A obra do poeta, filósofo e professor reflete de alguma forma nas obras que integram o Núcleo da Visualidade, no Museu do Estado do Pará (MEP), localizado na Praça Dom Pedro II, no bairro da Cidade Velha. A exposição que está montada no Museu do Estado do Pará (MEP) aborda o tema ‘Deslendário Amazônico – 80 anos de Paes Loureiro’, com a curadoria de Orlando Maneschy e curadoria adjunta Keyla Sobral. O primeiro núcleo da exposição reúne grandes artistas como Luiz Braga, Emmanuel Nassar, Osmar Pinheiro, Dina Oliveira, Miguel Chikaoka, Jorane Castro, Mariano Klautau Filho, Octávio Cardoso, Elza Lima e Paula Sampaio.

Um dos artistas que levou obras inéditas para o projeto foi o premiado fotógrafo Luiz Braga. O profissional vem desenvolvendo ao longo dos anos um olhar particular sobre a Amazônia em fina sintonia com a produção de Paes Loureiro. No Núcleo da Visualidade, Braga tem imagens que são releituras de mitos e lendas amazônicas, como o boto, Iara, a moça do táxi e o curupira em uma experimentação de novas técnicas de cor.

“Temos uma crença na sabedoria cabocla. Temos uma fé de que aqui na Amazônia tem uma experiência fértil, que não precisa ser referendada pela academia de fora, mas pela academia da ancestralidade dos índios e negros”, explica. “Eu achei justíssima e oportuna essa homenagem, porque o Paes Loureiro nasceu e escolheu viver aqui. Para nós isso é uma dádiva, ele tem distribuído o conhecimento em várias esferas, desde a Escola de Teatro e Dança, até arquitetura, onde ele foi meu professor. Ele é um difusor de conhecimento ativo há muitas décadas, são gerações e gerações que foram beneficiadas por serem alunos dele”, declarou.

A cineasta e artista Jorane Castro convive com Paes Loureiro desde a juventude, quando o poeta era amigo dos seus pais. No Arte Pará Jorane tem uma série de fotografias panorâmicas recentes feitas com celular com ângulos fora do padrão. A série intitulada “O caminho por onde passo guarda-me” tem quatro fotografias misturando tecnologia e natureza em uma relação própria da Amazônia.

“A obra do Paes Loureiro é inspiradora para nós, como intérpretes, para poder trabalhar e pensar a Amazônia. Para mim é muito importante a gente falar sobre a Amazônia, isso é muito forte. O pensamento dele embasa a gente”, declarou.

A fotógrafa Paula Sampaio apresenta a série intitulada ‘Nós’. As obras retratam a relação dos habitantes da Amazônia com o ambiente sem denominar quem são esses personagens. As fotografias foram feitas em viagens de Paula Sampaio ao longo dos vários anos de carreira, que se encaixaram com a temática e com o pensamento de Paes Loureiro.

 

“Para mim foi um desafio quando o Orlando [Maneschy] propôs pensar sobre essa temática, e pelo hibridismo que tem o Paes Loureiro, que está trabalhando e pensando não apenas a Amazônia, mas o sentido de existir neste lugar, além do espaço físico, essas pessoas podem estar em qualquer lugar. Isso que eu levo para a discussão, não é apenas uma Amazônia com a sua história, é um relacionamento do homem com o espaço físico”, esclarece.

AGENDE-SE

Salão Arte Pará 2019

Exposição: até 22/12.

Locais: “Deslendário Amazônico” - Museu do Estado do Pará (MEP) - Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha.

“As Amazonas do Pará” - Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA) – Avenida José Malcher, 1192 - Nazaré.

Realização: Fundação Romulo Maiorana

Patrocínio: Vale e Faculdade Fibra.

Colaboração: SOL Tecnologia e O Liberal na Escola.

https://www.artepara2019.org

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Cultura
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