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Ancine se pronuncia após polêmica com edital que não selecionou projetos da Amazônia

O edital Novos Realizados recebeu quase 600 projetos de todo o Brasil, mas, pela primeira vez, não selecionou nenhum projeto amazônida

Bruna Lima
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Cineastas, produtores culturais e agentes do audiovisual do norte do país se mobilizaram e reagiram contra o resultado preliminar do edital Novos Realizadores da Agência Nacional do Cinema (Ancine), já que dos projetos inscritos não teve nenhum contemplado. Após o movimento, nesta quinta-feira (19), a Ancine se pronunciou e informou que vai adotar regime de urgência para o reparo da distorção.

O edital Novos Realizados recebeu quase 600 projetos de todo o Brasil, mas, pela primeira vez, não selecionou nenhum projeto da Amazônia. Ismael Machado, que é jornalista, produtor e roteirista de audiovisual, disse que o resultado causou espantos para os produtores de cinema, pois demonstra de forma clara que houve um apagamento da região norte nesse resultado.

"Isso tudo tem a ver com uma política voltada para a Amazônia, como se nós não existíssemos. E outra questão é que não houve transparência nas etapas de seleção dos projetos que foram contemplados. Por isso, ocorreu uma intensa revolta dos produtores dos estados da Amazônia. A minha produtora inscreveu o projeto de um longa de ficção. A questão é que não ter um projeto da Amazônia contemplado em um momento que diversas produção vêm sendo premiadas e reconhecidas é complicado. Precisamos ter representatividade em locais de discussão e elaboração de políticas culturais, pois isso serviu de alerta", pontua Ismael Machado.

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O paraense Fernando Segtowick, que também é jornalista, diretor e roteirista, também faz parte da corrente de insatisfação com esse resultado. Ele diz que em sua avaliação, o melhor modelo é do edital de TV's públicas, onde as linhas já são separadas por região do país, onde cada projeto concorre em sua própria região.

"Somente a cota CONNE do jeito que está não contempla mais um audiovisual tão diverso e não podemos dizer que o audiovisual do Norte não esteja sendo reconhecido, pois são tantas produções premiadas ou selecionadas em festivais ou canais de televisão (streaming)", pontua o paraense.

O diretor acrescenta que não sabe dizer o que ocorreu, mas, sem dúvida, é algo que precisa pensar na forma de avaliar os projetos. A produtora de Fernando Segtowick inscreveu o projeto de um longa.

Após todo esse movimento nas redes sociais e também pelas mídias convencionais, a Ancine se pronunciou, na noite de quinta-feira (19), e informou que vai adotar um regime de urgência. “Providências para que nas próximas chamadas não ocorram distorções nos indutores regionais, e que a diversidade de investimentos seja preservada”, destaca.

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Cultura
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