Sandrão quer tirar série 'Tremembé' do ar após alegar distorções no retrato de seu caso
Cena contestada teria criado 'agravante inexistente', segundo advogado da ré.
Após o sucesso da série “Tremembé”, produção do Prime Video, Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida nacionalmente como Sandrão, afirmou que pretende acionar a Justiça para impedir que o seriado continue sendo exibido. Ela e seu advogado alegam que a obra apresenta situações que não correspondem ao processo criminal e que podem gerar novas consequências judiciais para a ré, que cumpre pena em regime aberto.
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A série dramatiza o período em que Sandra esteve presa na penitenciária em São Paulo, onde se tornou figura recorrente por suas relações com detentas conhecidas, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.
Segundo o advogado de Sandra, uma das sequências exibidas motivou diretamente a decisão de buscar medidas judiciais: a cena que mostra a personagem entregando a arma do crime a um menor de idade. “Isso jamais ocorreu. Nos autos, consta apenas sua participação nas ligações feitas para exigir o resgate. A cena inventa um agravante que não existe”, disse o defensor em entrevista ao repórter Roberto Cabrini, exibida no programa Domingo Espetacular, no último domingo (16).
Atualmente cumprindo pena em regime aberto, com término previsto para janeiro de 2028, Sandra afirmou que a repercussão da série reacendeu o estigma relacionado ao seu nome e impactou sua vida cotidiana. “Usaram minha história para ganhar dinheiro”, declarou.
Ela relatou que, desde a estreia, tem sido hostilizada e que sente sua rotina fora da prisão cada vez mais limitada. “Eu já cumpri a pena que a Justiça me deu. Agora estou sendo julgada de novo pela opinião pública”, completou.
Relembre o crime pelo qual Sandra foi condenada
Sandra Regina Ruiz Gomes foi condenada por sequestro e assassinato de um adolescente de 14 anos em Mogi das Cruzes, em São Paulo, em 2003. Ela teve um papel ativo no crime, que incluía a exigência de resgate e o envolvimento na morte do garoto com um tiro na cabeça. O grupo exigiu resgate, que começou em R$ 40 mil e foi reduzido para R$ 3 mil.
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