MENU

BUSCA

Belém recebe a exposição ‘Brasil: Terra Indígena’ com mais de 2 mil peças no Museu Goeldi

Iniciativa traz acervos de mais de 300 povos indígenas e pode ser visitada até 28 de novembro

Amanda Martins

A capital paraense recebe, a partir deste sábado (8), a exposição Brasil: Terra Indígena”, no Centro de Exposições Eduardo Galvão, dentro do Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado no bairro de São Brás. A visitação até o dia 21 de novembro, das 9h às 17h, é gratuita de domingo a domingo. Do dia 22 de novembro até 28, a mostra funcionará de quarta a domingo (inclusive feriados), das 9h às 16h, com o valor da entrada a R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia). As gratuidades serão conforme a Lei. A exposição apresenta um panorama da presença e da diversidade cultural dos povos indígenas no país.

VEJA MAIS

Em Belém, príncipe William se diverte ao ganhar frasco de 'Óleo da Bôta' durante visita ao Goeldi
A visita fez parte da programação do príncipe no Brasil, voltada a temas ambientais e sociais ligados à Amazônia

Príncipe William em Belém: Realeza é recebida com calor e simpatia no Museu Emílio Goeldi
Durante visita, o representante da realeza britânica interagiu com o público e se encantou com garotinho vestido de príncipe. Logo após a visita foto com o pequeno foi postada no perfil real

Parque Zoobotânico do Museu Goeldi terá entrada gratuita durante a COP 30; veja horários
o Parque Zoobotânico terá uma programação especial voltada à ciência, clima e Amazônia

O público poderá conferir mais de 2 mil peças em exibição - entre cestarias, cerâmicas e indumentárias. A mostra reúne produções culturais de mais de 300 povos indígenas que vivem nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Além disso, também será possível conhecer o trabalho de 45 fotógrafos indígenas, que registraram o cotidiano e as lideranças de diferentes etnias.

Produzida pelo Instituto Cultural Vale, por meio do Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM), em parceria com o Goeldi, e com patrocínio da Vale e realização do Ministério da Cultura via Lei de Incentivo à Cultura, a exposição destaca o protagonismo indígena na relação sustentável com a terra e na formação da identidade brasileira. Temáticas que dialogam com o debate global sobre mudanças climáticas que deve ser disputado na COP 30, que está sendo sediada em Belém.

Por meio da parceria com Instituto Moreira Salles, os visitantes também terão acesso às imagens etnográficas e históricas feitas por nomes como Maureen Bisilliat e Marcel Gautherot, reconhecidos pela documentação visual dos povos originários. O curador da exposição é o diretor do Centro Cultural Vale Maranhão, Gabriel Gutierrez

Uma das novidades da exposição é um mapa inédito, elaborado especialmente para a mostra, destacando as quase duas centenas de línguas ainda faladas na Amazônia, muitas delas em risco de desaparecimento.

“Valorizar e reconhecer o protagonismo indígena, especialmente no período em que o mundo todo está reunido no Brasil para pensar os futuros que queremos construir, é uma oportunidade única de conectar o país com a sua história e o mundo com as identidades brasileiras, em sinergia com a atuação da Vale para fortalecer e visibilizar a diversidade da nossa cultura e com a nossa presença na Amazônia há 40 anos, como agente de desenvolvimento”, disse Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

Para o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, a presença da mostra na cidade reforça o papel simbólico da Amazônia no cenário internacional. “A exposição amplifica esse simbolismo, ressaltando que Belém é também um ‘museu vivo’ da herança indígena”, afirmou.

O coordenador de museologia do Museu Goeldi, Emanoel de Oliveira Júnior, destacou que a chegada da exposição em Belém tem três significados centrais. O primeiro é a aproximação institucional entre o Museu Goeldi e o Instituto Cultural Vale Maranhão, fortalecendo vínculos entre as regiões amazônicas do Pará e do Maranhão.

“Essa parceria abre caminho para novos projetos e itinerâncias conjuntas. Embora o Maranhão esteja politicamente ligado ao Nordeste, grande parte de sua vegetação é amazônica, e isso reforça a integração entre os dois territórios”, explicou.

O segundo ponto, segundo Emanoel, é o reconhecimento do Museu Goeldi como protagonista na pesquisa e preservação das culturas indígenas. “Há mais de 150 anos, o museu atua na defesa dos povos indígenas e contribui com políticas públicas voltadas a esses grupos. O Parque Zoobotânico, onde a exposição está instalada, foi reconhecido simbolicamente como terra indígena em 2023, o que reforça esse compromisso histórico”, ressaltou.

Ele também destacou o caráter simbólico e político do acervo exposto, que combina peças vindas do Instituto Cultural Vale e das reservas técnicas do próprio Museu Goeldi. “Exibir esse acervo em um espaço que também é considerado terra indígena convida o público a refletir sobre outras maneiras de ver o mundo”, observou.

SERVIÇO: 

‘Exposição: Brasil: Terra Indígena’

  • Local: Museu Paraense Emílio Goeldi -Av. Magalhães Barata, 376, no bairro de São Brás, em Belém;
     
  • Visitação: de 8 a 21 de novembro;
    Entrada gratuita, de domingo a domingo, das 9h até às 17h, com entrada até 16h.
  • Visitação: de 22 de novembro a 28 de dezembro
    De quarta a domingo (inclusive feriados), das 9h às 16h (bilheteria até 15h)
    R$ 3,00 (inteira) | R$ 1,50 (meia) | gratuidades conforme a Lei