Badernaço realiza 1ª edição em Belém com line-up alternativo e atração baiana
Festival ocorre nesta sexta (28), no Palafita, com lista Trans Free e mistura de psicodelia, rock, MPB e ritmos digitais
A produtora Baderna Coletiva realiza, na próxima sexta-feira (28), às 20h, a 1ª edição do festival Badernaço, no bar e restaurante Palafita, localizado no bairro da Cidade Velha, em Belém. O evento nasce com a proposta de unir festa, diversidade sonora e liberdade musical, reunindo diferentes artistas em um mesmo palco. Os ingressos estão no terceiro lote, vendidos por R$ 35 no site da Sympla. Uma lista “Trans Free” também foi disponibilizada, permitindo que interessados enviem seus nomes por meio das redes sociais do coletivo.
VEJA MAIS
O line-up reúne bandas da cena belenense e inclui uma atração inédita na cidade: o grupo soteropolitano Tangolo Mangos (BA), que se apresenta pela primeira vez paraense. O quinteto mistura rock clássico, MPB e ritmos nordestinos, explorando variações da psicodelia em suas composições.
Além da banda baiana, estão confirmadas as apresentações de O Cinza, Les Rita Pavone, Mangífera e Felipe Gama. A abertura da noite fica por conta do DJ Pedromott, que assina o set inicial do festival. De acordo com a cofundadora do coletivo, Rafaflor Moraes, o festival foi planejado para refletir a diversidade da cena independente. “O ‘Badernaço’ foi estruturado buscando variedade de dinâmicas e estilos, mas mantendo coerência entre as atrações”, explicou.
Rafaflor destacou que o line-up foi pensado a partir de bandas alternativas que o coletivo acompanha e que nem sempre têm acesso a palco. “Priorizamos justamente dar visibilidade a esse cenário”, disse.
A presença do DJ, segundo Raflor, foi incluída para ampliar o contraste musical da noite, aproximando sonoridades digitais do som analógico das bandas.
Ela afirmou que o público pode esperar uma experiência contínua ao longo de toda a programação. “Cada banda terá um tempo pensado para que o show seja intenso sem perder a fluidez entre as trocas de palco”, destacou.
A também vocalista da banda Magnífera explicou que a ideia é manter o fluxo do evento com energias que se renovam, alternando momentos explosivos e imersivos, para construir uma atmosfera de celebração coletiva.
Mesmo jovem, a Baderna Coletiva já acumula ações para fortalecer artistas independentes. “A gente só completa o primeiro ano de Baderna em abril de 2026. Mesmo assim, nesses sete ou oito meses, conseguimos realizar coisas muito grandiosas”, afirmou Raflor.
Para ela, esse período inicial permitiu compreender de perto as demandas dos músicos de Belém e, ao mesmo tempo, conectar artistas de fora, o que ajuda a convergir públicos diferentes. “Enxergamos nós, músicos, como uma classe trabalhadora que precisa se apoiar para garantir condições de fazer shows, ter palco e ter público. É dessa coletividade que nasce a baderna”, completou.
A cantora também comenta sua participação no festival. “Nossa apresentação vai iniciar mais dançante e ir para um lugar mais psicodélico, seguindo o fluxo das atrações antes e após nós”, explicou, acrescentando que o show terá participação especial de outro artista, prática que o coletivo incentiva desde sua criação.
Segundo ela, ‘Baderna’ surgiu para articular músicos da cena alternativa, facilitar conexões e criar um circuito colaborativo em Belém. “A ideia surgiu quando percebemos que muitas bandas incríveis da cidade não tinham palco, infraestrutura ou oportunidades para mostrar seu trabalho”, explicou Raflor. Desde então, a produtora realiza encontros e eventos que estimulam o fortalecimento de laços entre artistas e públicos. Os calendários dos eventos são divulgados no perfil oficial no Instagram.
SERVIÇO:
1ª edição do festival Badernaço
- Data: Sexta-feira, 28 de novembro;
- Horário: A partir das 20h;
- Local: Bar e restaurante Palafita – R. Siqueira Mendes, 264, Cidade Velha, Belém;
- Ingressos: R$ 35 (3º lote), disponíveis no site da Sympla. Lista “Trans Free” mediante envio de nome pelas redes sociais da Baderna Coletiva.
Palavras-chave