Depois do vandalismo no Distrito Federal, investigações avançam e Lula procura reforçar governo Rodolfo Marques 13.01.23 18h12 O dia 08 de janeiro marcou uma das páginas mais tristes da história republicana brasileira, com a invasão e a depredação do patrimônio público nos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação de vândalos, apesar de fracassada em seu intento principal, causou prejuízos de todas as ordens, fomentados por uma contestação do resultado das eleições presidenciais de 2022, e pela falta de cuidados devidos por parte do governo do Distrito Federal, sob o comando de Ibaneis Rocha (MDB), e das suas respectivas forças de segurança. Ainda no domingo, o presidente Lula (PT) decretou a intervenção federal de segurança pública no Distrito Federal – e foi nomeado o Secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli para ficar à frente desse processo, até 31 de janeiro de 2023. A decisão foi referendada nos dias seguintes pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Do ponto de vista estratégico, a pronta-resposta da intervenção foi mais assertiva e assertiva do que a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permitiria uma intenção militar em um local específico. É importante ressaltar que as Forças Armadas são uma estrutura da burocracia do Estado, no Brasil, e que devem, fundamentalmente, auxiliar os 3 Poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário. Houve vários questionamentos sobre a ação, no episódio, dos titulares das pastas da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, mas eles permanecem em seus cargos e vêm procurando se fortalecer junto ao Planalto para tocarem seus respectivos ministérios. São essenciais a apuração das responsabilidades, a identificação e a punição dos articuladores das ações de vandalismo e o ressarcimento dos prejuízos causados pelos invasores ao erário público. Nesse contexto das sanções aos responsáveis e corresponsáveis pelos episódios de domingo, ganhou ainda mais protagonismo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele determinou o afastamento do governador Ibaneis, por 90 dias, e a prisão do ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres. Aliás, foi encontrada na casa de Torres uma minuta de decreto que seria, eventualmente, assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para impor um estado de defesa nas dependências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com fins de alterar o resultado das eleições presidenciais de 2022. A situação jurídica do ex-ministro se deteriora, portanto – e mesmo Bolsonaro pode vir a ser investigado, conforme os próximos dados levantados. Assim, cabe ao presidente Lula, diante desse cenário de crise, desenvolver as ações prioritárias da sua novel gestão, reforçar o desenho institucional em seu governo e reforçar a autonomia e as ações de seus ministros. Entre no nosso grupo de notícias no Telegram Palavras-chave rodolfo marques lula COMPARTILHE Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Bolsonaro perdeu capital político e comprometeu seu futuro eleitoral no início de 2023? 27.01.23 19h50 Rodolfo Marques Buscando virada de página da tentativa golpista do 8J, Lula busca conexão com grupos sociais 21.01.23 10h04 Rodolfo Marques Depois do vandalismo no Distrito Federal, investigações avançam e Lula procura reforçar governo 13.01.23 18h12 Rodolfo Marques Governo Lula III: como interpretar os primeiros sinais? 06.01.23 17h57