Democracia sempre... ainda que tardia Rodolfo Marques 08.03.19 7h00 No Brasil contemporâneo, uma das grandes questões que se impõem neste novo ciclo político reside, primordialmente, na manutenção dos valores democráticos, tanto no campo teórico quanto no aspecto prático. Desde o processo de redemocratização, em 1985, após 21 anos de governos autoritários no país (1964-1985), passando pelas eleições diretas para a Presidência da República a partir de 1989 e por dois processos de impeachment (1992, de Fernando Collor; e 2016, de Dilma Rousseff), há vários debates a respeito do amadurecimento das instituições no Brasil, assim como sobre o funcionamento das relações de poder. Os movimentos populares de junho de 2013, as manifestações de 2015 contra o Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e, em especial, o pleito eleitoral de 2018, com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, são capítulos importantes sobre a discussão que se trava hoje a respeito dos modelos democráticos. Considerando-se a democracia e a vivência dela no dia-a-dia, é preciso observar que o desenho institucional, com o bom funcionamento dessas instituições, é fundamental para viabilizar a participação popular de uma forma mais intensa e efetiva, da mesma maneira que os anseios da sociedade precisam ser atendidos pelos seus representantes. Em relação ao amadurecimento das instituições, os últimos pleitos eleitorais e as ações dos Poderes vêm indicando de que a soberania popular deve ser sempre respeitada – e a liberdade de expressão vem sendo mantida, na medida do possível. O crescimento da difusão de informações – e contrainformações – pelas mídias e redes sociais são dados representativos desse processo. O funcionamento das relações de poder também tem como fator inerente o sistema de check and balances – freios e contrapesos –, essencial para o equilíbrio dos poderes de uma República como a do Brasil. O país vivencia, pois, o cenário da chamada democracia representativa, em que os cidadãos escolhem seus governantes a partir de processos eleitorais. Ressalta-se que o processo de cidadania tem como aspecto fundamental a informação, elemento importante para a construção do conhecimento. E as escolhas populares são sempre pautadas por motivos diversos. Portanto, o grande desafio do Brasil, hoje, está exatamente em passar por mais esse grande teste da sua própria democracia, considerando-se o projeto que venceu o pleito eleitoral em 2018, as diferenças de pensamento, as oposições políticas e as apartidárias e a busca por melhorias coletivas em detrimento das preferências individuais e/ou ganhos específicos de alguns grupos sociais. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfomarques colunas direito democracia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01