CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Trem da história: Ferroviária carregada de simbolismo

Carlos Ferreira

A ferrovia, a estação, entroncamento ferroviário de Araraquara, o time dos operários, o clube Ferroviária. Essa é mais uma história de clube de futebol nessa linha de origem, como o Operário Ferroviário, também desta Série B, e outros importantes como a Desportiva Ferroviária, 18 vezes campeã capixaba; o Ferroviário do Ceará, o Ferroviário de Rondônia, Lokomotiv Moscou (Rússia), Ferro Carril (Argentina) e dos cinco Ferroviários entre os 14 clubes de Moçambique. No Pará a única alusão é do Parauapebas, que tem a locomotiva como “mascote”, por ser uma cidade cuja riqueza tem relação direta com uma ferrovia.

Sem vencer há seis rodadas, na 18ª posição com 20 pontos, a Ferroviária tem apenas dois pontos a mais que o “lanterna” Botafogo. Então, no trilho das curiosidades, vale lembrar que o último colocado de qualquer competição é assim chamado em alusão à potente lanterna do último vagão que ilumina todo o comboio do trem.

Leão entrando nos trilhos

Está clara a evolução do time do Remo, que parece estar entrando nos trilhos. O jogo de hoje contra a Ferroviária vale os três pontos e também a confirmação dos avanços físico, técnico e tático do time azulino. O Leão Azul é favorito, mas sob o alerta dos muitos resultados surpreendentes neste campeonato.

Antônio Oliveira trabalha na construção de um time consistente nas funções defensivas, como na pressão imposta pelo Goiás, e agressivo como na vitória sobre o Avaí. A ideia é que a cada jogo o time progrida, até virar uma engrenagem capaz de engatar uma sequência de vitórias, como a torcida tanto espera.

BAIXINHAS

  • Furacão? O Athletico Paranaense está longe de justificar nesta Série B a sua fama de furacão, mas não pode ser menosprezado jamais. O Paysandu vai ser recebido com grande respeito na Arena da Baixada por ter humilhado o Coritiba (5 x 2) no Couto Pereira. A torcida bicolor tem todos os motivos para acreditar em mais uma jornada exitosa, com pelo menos um empate.
  • Ferroviária com quatro desfalques. A coluna já havia informado sobre as suspensões dos meias Albano e Thiago Lopes, como também do centroavante artilheiro Carlão. Outro desfalque é o lateral esquerdo Eric Vieira, lesionado. Mas esse atleta não é titular. Alencar, Netinho e Juninho são três ex-bicolores.
  • Do jogo contra o Avaí para o jogo contra o Goiás as únicas mudanças no Remo foram as entradas de Alan Rodrigues no lugar de Sávio e de Pavani no lugar de Jaderson. Para hoje, contra a Ferroviária, Antônio Oliveira deve repetir a escalação azulina, embora seja possível a volta de Sávio à lateral esquerda.
  • Vaga aberta no Paysandu pela suspensão de Marlon (cartões amarelos) produz duas possibilidades: a simples entrada de Vini Faria para as mesmas funções ou a opção de Claudinei Oliveira por mais um homem para o meio de campo, provavelmente André Lima. Na zaga o argentino Novillo recompõe a dupla com Thalisson. Mas também é possível um trio, completado por Maurício Antônio.
  • Ronaldo Henrique com a bola significa lucidez, imaginação e competência técnica para construir jogadas. Sem a bola, é um volante com limitações na marcação, principalmente em jogadas que exijam velocidade, como ficou evidente na jogada do gol do Athletic. Com ou sem bola, Ronaldo Henrique é também uma liderança no time bicolor.
  • A atuação de Marcelo Rangel contra o Goiás eliminou qualquer dúvida sobre quem seria o melhor goleiro da primeira virada da Série B. Aos 37 anos, MR vai se estabelecendo na galeria dos grandes goleiros da história do Leão Azul. Ele tem agilidade e concentração acima do normal. É admirável também como ser humano.
  • Remo vai ter nove dias de intervalo do jogo contra a Ferroviária para o jogo contra o América Mineiro, dia 9, sábado, em Belo Horizonte. Tempo muito oportuno para o técnico Antônio Oliveira fazer ajustes e para a adaptação dos mais novos azulinos Cristian Tassano e Nico Ferreira, como também de Diego Hernandez que chegou há uma semana.
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