Por que acreditar no acesso do Leão?

O fato de ter conquistado 30 pontos dos 57 disputados, mesmo aproveitamento da 4ª colocada, Chapecoense (52,6%), já é uma prova de capacidade para o acesso. Além disso, o Remo é um time em retomada de crescimento. Mas a análise que leva à crença é o fato de o Remo ser um time sem conforto, apesar da boa campanha.

Sem conforto, em pleno êxito, pela permanente cobrança de uma torcida extremamente participativa. Não está havendo espaço para soberba ou qualquer ilusão. O time está muito bem cotado, mas sempre focado nas deficiências que precisa corrigir. Isso é muito positivo! O time mostra clara tendência a engrenar e se posicionar no G4.

Papão e o seu compromisso fundamental

A esta altura do campeonato, o que importa para o Papão é não cair. Cumprida a primeira metade da Série B, o primeiro time fora da ZR (Volta Redonda) tem apenas 21 pontos, um a mais que o clube bicolor. Isso indica a possibilidade de salvação com 42 pontos, embora as projeções sejam de 45 pontos para segurança. O Paysandu está em desconforto, mas bem encaminhado na missão, até pela ascensão desde a chegada do técnico Claudinei Oliveira.

Como todos os times, o Papão vai ter oscilações, mas conta com a energia grandiosa da torcida para as jornadas de superação. Fortes emoções estão guardadas para a nação alviceleste até 22 de novembro, data da última rodada.

BAIXINHAS

• Foi de Régis o primeiro cartão vermelho do Remo. O time azulino era o único sem qualquer expulsão na Série B. Régis foi expulso por ocasião do pênalti para o Goiás. Ele saiu da área de aquecimento para falar com Marcelo Rangel e em seguida agrediu com palavrões alguém do Goiás (seria o executivo) e ganhou vermelho direto.
• Goleiro bicolor Gabriel Mesquita, que está em ótima fase no Papão, é fruto da base do Athletico Paranaense e vai curtir a volta à origem. GM é um gigante de 1,97m, mas com grande agilidade e muito arrojo. Veio do Guarani para suprir a saída de Álisson, agora titular do Criciúma.
• Como pode Matheus Davó ter as limitações técnicas que tem, se construiu a carreira em grandes clubes? No Corinthians, onde despontou, deixou a fama de jogador pouco aplicado aos treinos específicos. Por isso a trajetória descendente. Nas chances perdidas contra o Goiás ele deu margem aos questionamentos.
• O paraguaio Alan Rodriguez, o colombiano Cantillo, o uruguaio Diego Hernandez e o argentino Ivan Alvariño. Quatro nacionalidades estrangeiras no elenco transnacional do Remo, comandado pelo português Antônio Oliveira. Ainda podem chegar os uruguaios Nicolás Ferreira (atacante) e Cristian Tassano (zagueiro).
• O Paysandu tem cinco gringos de três nacionalidades: os paraguaios Martinez, Benitez e Delvalle, o argentino Novillo e o uruguaio Quintana.
• Alvariño está sem espaço no Remo. Com Antônio Oliveira ele só "jogou" dois minutos, contra o Operário. É candidato a sair na chegada de Cristian Tassano, ex-Feirense/Portugal, que virou alvo depois que foi inviabilizada a vinda de Léo Coelho, campeão uruguaio pelo Peñarol. Essas são informações extraoficiais. No caso do volante Daniel Cabral, está confirmada a transferência para o Volta Redonda. 
• Athletico Paranaense joga hoje pela Copa do Brasil contra o São Paulo, no Morumbis. Pela pressão da má campanha na Série B, inclusive pelo temor de rebaixamento, o clube dá prioridade ao campeonato brasileiro. Ambiente tenso para o confronto com o Paysandu, inclusive por conta dos goleada do Papão sobre o Coritiba. 
• André Lima subindo de rendimento e chamando a atenção de Claudinei Oliveira no Papão. O volante/meia já foi acionado contra o Athletic e tem possibilidade para jogar desde o início no próximo domingo. André Lima veio do Confiança há cinco meses e tem 15 jogos com a camisa bicolor.