CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Remo x Cruzeiro, os números de uma mística que virou crença

Carlos Ferreira
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O misticismo tornou-se inevitável para a imprensa mineira e para a torcida cruzeirense quando tratam do Remo como adversário do Cruzeiro. Pudera...! Histórico de 11 jogos no Campeonato Brasileiro e um amistoso, seis vitórias do Leão, quatro empates e duas vitórias da Raposa, uma delas no único amistoso, em 1970 (8 x 1). A outra foi em 1979 (3 x 0). De lá pra cá, tabu remista com cinco vitórias e dois empates. E em todos esses confrontos o Cruzeiro era cotado como favorito.

Esse aspecto místico intriga, pesa e incomoda tanto os cruzeirenses que virou uma crença, e quanto mais explorada, mais interferência pode ter sobre o emocional dos atletas. No Remo isso é tratado apenas como estatística, mas não deixa de elevar o ânimo.

O confronto à luz da lógica

O Cruzeiro tem urgência em reafirmar a sua grandeza e trata a Copa do Brasil como atalho perfeito. Mas isso também gera pressão sobre o time, ainda mais pelo histórico do Remo como adversário. Mesmo à luz da lógica, as análises do confronto passam pelo aspecto místico.

O Cruzeiro é favorito para a classificação, mas não para o jogo de hoje, que indica equilíbrio de forças. O Remo pode ser tecnicamente inferior, mas está bem ajustado (melhor nas funções defensivas do que nas ofensivas) e vai jogar movido pelo entusiasmo, com o Baenão lotado. Jogo de energia plena, de tensão e atenção no nível máximo. É pra sobrar emoção!

BAIXINHAS

* Rodrigo Pimpão e Netto já jogaram nesta Copa do Brasil, pelo Operário/PR e pela Ferroviária/SP, e desfalcam o Remo. Mesmo caso do ex-azulino Neto Moura no Cruzeiro. Ele jogou pelo Mirassol. O artilheiro Edu, lesionado, e o zagueiro Eduardo Block, suspenso, também desfalcam o Cruzeiro.

* Paysandu trata de rejuvenescer o time. Depois do volante Wesley, 22, e do atacante Alessandro Vinícius, 23, o clube recebeu o meia João Vieira, 23 anos, ex-São Luiz/RS. Já tinha recebido os zagueiros Bruno Leonardo 26, Lucas Costa 27, Douglas 25 anos.

* O time bicolor perdeu Ricardinho, 36 anos, por lesão, e liberou Heverton, 34. Com "trintões" restam no time apenas Marcelo Toscano, 36, Genilson e Serginho, 31 anos. Time, portanto, rejuvenescido, o que deve torná-lo mais intenso.

* Dos jogos Remo x Cruzeiro de 2021, restam Vinícius, Marlon, Uchôa, Felipe Gedoz e Ronald no Leão Azul, Norberto, Rômulo, Bruno José e o suspenso Eduardo Brock na Raposa. O remista Uchôa é fruto da base do Cruzeiro e fez gol, ano passado, no jogo de Belo Horizonte.

* Legalizado, Vanílson vira uma opção muito oportuna no banco para hoje, como finalizador, já que o time vem pecando muito na "hora h". Também oportuna a volta de Erick Flores, liderança e referência técnico-tática.

* Foi bonito ver Wesley emocionado ao final do jogo de estreia pelo Paysandu, pelos dois gols e pela ótima atuação. É comportamento de quem vê no Papão uma oportunidade de impulso na carreira. Como profissional, Wesley só tinha feito um gol em 37 jogos, pelo Atlético/MG, Brasil de Pelotas e Vila Nova/MG.

* Pacajus x Castanhal no Ceará, sexta-feira; Tuna x Juventude Samas/MA em Belém, domingo. Vêm aí dois confrontos inéditos na vida dos paraenses na Série D. 

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Carlos Ferreira
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