CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Parazão 2023, 16° campeonato com verba pública

Carlos Ferreira
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Principal evento de integração deste estado "continental", o Parazão tem R$ 8,3 milhões em verbas do Banpará, Funtelpa e Seel por patrocínio, direitos de televisão e apoio logístico. Assim vem sendo viabilizado há 16 anos.

É um campeonato que vence longas distâncias e outras diversas adversidades da geografia regional. Este ano tem Paysandu, Remo e Tuna pela região metropolitana, Castanhal, Bragantino, Caeté e Cametá pela região nordeste, Independente de Tucuruí, Águia de Marabá e Itupiranga pela região sudeste, o São Francisco e o Tapajós pela região oeste. Somente as regiões do Marajó e sul estão fora, porém abraçadas pela cobertura da imprensa e envolvimento dos torcedores, sobretudo nas transmissões ao vivo da TV Cultura.      

Parazão: 73 clubes e 21 cidades em 111 campeonatos      

Os números não mudam há três anos, desde a entrada do Itupiranga, o 73º clube da história, cuja cidade é a 21a na geografia do Campeonato Paraense. (Fonte: Enciclopédia do Futebol Paraense).

A capital domina com 48 clubes na história da principal competição estadual, enquanto o interior chega a 25. Barcarena, Ipixuna e Breves nunca tiveram clubes locais no campeonato, mas entraram no mapa ao disponibilizarem seus estádios para Tiradentes, São Raimundo/São Francisco e Vila Rica, respectivamente.            

Este ano são nove clubes do interior e três da capital, por conta de um processo de interiorização que ganhou força no final dos anos 90 e se consolidou na década seguinte. Apesar da falta de infraestrutura adequada, o futebol do interior redimensionou o campeonato estadual e o fez autêntico Parazão.

BAIXINHAS

* Disputado desde 1908, o Campeonato Paraense já teve clubes com as mais curiosas denominações, como Armazenador, Yole, Paramouth, Itália... O grupo empresarial Yamada teve o seu clube, com o mesmo nome, em três edições do campeonato: 1960, 1961 e 1987.

* Um clube singular é o indígena Gavião Kyikatejê, de Bom Jesus do Tocantins, que integrou a divisão principal em 2014, 2015 e 2021. O extinto União Esportiva, de Belém, bicampeão nas duas primeiras edições (1908 e 1910) teve 32 participações nas seis primeiras décadas.   

* Márcio Fernandes completa domingo, contra o Bragantino, 50 jogos consecutivos no comando do Paysandu. Tem 26 vitórias, 12 empates e 11 derrotas, segundo o pesquisador Jorginho Neves. MF é recordista neste século. O mais próximo dele é Hélio dos Anjos com 23 jogos.

* Uchôa e Paulinho Curuá sob cuidados médicos. Se não puder contar com nenhum dos dois contra o Independente, Marcelo Cabo poderá acionar Pingo ou Soares. O Remo vai voltar a fazer jogo oficial, sábado, depois de um hiato de 126 dias.

* Fernando Gabriel chegou para somar-se aos talentos de Ricardinho e Rithelly num futuro meio de campo do Papão. Desafio de Márcio Fernandes vai ser dar força de marcação ao time quando juntar essas e outras feras.

* Torcedores bicolores vão pagar mais caro que os azulinos pelo ingresso na abertura do Parazão. Arquibancadas a 30 e cadeiras a 60 reais no Baenão para Remo x Independente, 40 reais e 60 reais na Curuzu para Paysandu x Bragantino.

* No campeonato dos gringos, o Bragantino vai de Lukaku e Balotelli na dupla de ataque. Joilson "Lukako" e Leandro "Balotelli" são jogadores regionais destemidos que aceitaram a pesada identidade futebolística.

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