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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

O valor de uma audiência de um clube

Carlos Ferreira

Quanto vale a audiência de um clube? 

No Campeonato Brasileiro o Flamengo foi o clube que recebeu o valor mais alto dos direitos de TV: R$ 66,7 milhões. A Chapecoense, que faturou menos (R$ 36,2 milhões), recebeu 54% do que foi para o Mengão. As diferenças já foram bem maiores. Diminuíram depois que o Campeonato Brasileiro tomou os critérios da Premier League (Inglaterra) como inspiração, baseando-se no mercado de cada clube, em audiência, tamanho da torcida...

No Campeonato Paraense, cada coadjuvante fatura dos direitos de TV apenas 11% do que Remo e Paysandu recebem. Em valores brutos, a Funtelpa paga R$ 745 mil a cada dos protagonistas e R$ 79 mil a cada dos coadjuvantes.

 

Incomparáveis na audiência 

Diferente do cenário do Campeonato Brasileiro, no Parazão a dupla Re-Pa é responsável por cerca de 80% do público nos estádios e de 90% da audiência da TV. Isso explica a correspondente discrepância nos valores faturados. 

No patrocínio do Banpará, porém, a distância entre protagonistas e coadjuvantes não é tão grande. Remo e Paysandu recebem, cada, cinco parcelas de R$ 130 mil. Total: R$ 650 mil. Castanhal, Paragominas, Águia, Independente, Bragantino, Tapajós, Itupiranga e Carajás ganham cinco parcelas de R$ 57 mil, cada. Total: R$ 285 mil, 43,8%. 

O Banpará paga ainda R$ 532 mil de meritocracia: R$ 212 mil para o campeão, 159 mil para o vice, 106 mil para o terceiro e R$ 53 mil para o quarto colocado.

 

BAIXINHAS

* Na liberação antecipada de pagamentos do governo estadual, Remo e Paysandu faturaram da Funtelpa R$ 353 mil (descontados os impostos) da segunda e última parcela. O Banpará paga amanhã R$ 390 mil (menos os impostos) a cada. Para o Leão, porém, esses valores estão bloqueados pela Justiça do Trabalho.

* Os demais clubes já receberam quase R$ 38 mil, cada, do complemento da Funtelpa. E vão faturar R$ 171 mil (menos os impostos) das três parcelas restantes do Banpará. Ficam pendentes as cotas de meritocracia, já que o campeonato está suspenso.

* Há uma articulação entre os clubes para cobrar da Federação Paraense de Futebol um relatório sobre o uso da verba de custeio da logística do campeonato. Alegam que este ano o Parazão ficou mais barato com apenas um clube de Santarém (eram três) e querem saber do saldo atual.

* Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol do Pará está dando orientação jurídica aos associados nas tratativas com os clubes para férias e rescisões. Os acordos vão depender muito dos entendimentos entre as entidades nacionais dos clubes e dos atletas, que estão em plenas negociações.

* A legalidade é sempre importante e a orientação jurídica mais ainda, para os profissionais do futebol e para os clubes. No entanto, o que precisa prevalecer é a coerência, dentro de cada realidade. Todos vão perder dinheiro nesse período. Bom senso e flexibilidade agora definem o futuro no mercado futebolístico. 

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Carlos Ferreira
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