CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Leão, hoje, numa terra onde tem reinado

Carlos Ferreira
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Sorte? Coincidência? Sabe-se lá o que pode explicar o reinado do Remo em Aracaju. Em seis jogos na capital sergipana contra o Confiança, o Leão Azul só perdeu o primeiro, em 1977, por 2 x 1, no Brasileirão.

Nos outro cinco jogos, de 1992 a 2021, o Remo conquistou cinco vitórias: 1 x 0, 5 x 3, 1 x 0, 2 x 0, 2 x 1. Um retrospecto de total autoridade para o time paraense, que hoje trata de pontuar para sair da situação de desconforto no atual campeonato, enquanto o Confiança (aniversariante neste 1° de maio) joga muito pressionado. Está na zona do rebaixamento (17°), com apenas um pontinho, e ainda não fez gol nesta Série C.

"Nós" que amarram o Parazão no atraso

São vários os "nós" que prendem o campeonato paraense no atraso. Vão da infraestrutura à mentalidade. Vamos tratar, então, da mentalidade, motivo da bronca jurídica que voltou na última quinta-feira com decisão do STJD favorável ao Paragominas na denúncia de ilegalidade de um jogador do Bragantino e outro do Águia. O TJD vai ter que tirar o processo do arquivo e julgar (veja abaixo, as prováveis consequências).

O que importa nesta análise é o torna o Parazão vulnerável às novelas jurídicas. A maioria dos clubes não tem gente preparada para lidar com as questões burocráticas. Mas há "caçadores de lambança" para uso jurídico as horas mais decisivas. É aí que está o "nó" mais perigoso.

Quem pode dininuir esses riscos é a FPF com medidas preventivas, como treinamento para os funcionários de clubes que atuam nesse serviço.

BAIXINHAS

* O Paysandu com Anderson Muniz e o Remo com Eliezer Santos estão muito bem servidos. O último caso de perda de pontos na dupla Re-Pa, por causa de jogador irregular, foi no Papão em 2003, no Campeonato Brasileiro, porque o presidente Artur Tourinho assinou contratos quando estava suspenso.

* Nos clubes do interior, onde reina o despreparo, foram muitos os casos nos últimos 20 anos, em campeonatos locais e também em competições da CBF. Está mais do que na hora de um serviço de capacitação. E essa missão cabe à FPF.

* Afinal, o que pode ocorrer na questão do Paragominas? Pode haver mudança nas posições que determinam rebaixamento e acesso à Série D. Se o Paragominas vencer, o Bragantino cai para a 2a divisão, o Paragominas se salva e o Águia perde a vaga na Série D para o Castanhal.

* Anderson Uchôa "em casa" no jogo de hoje. Ele é sergipano e o Remo é o 12° clube dele, mas nunca jogou em qualquer time de Sergipe. Ano passado esse era o caso também de Vitor Andrade, que jogou uma das suas melhores partidas pelo Remo e fez o gol da vitória (2 x 1).

* Na única derrota do Remo para o Confiança em Aracaju, há 45 anos, Bira fez o gol do time remista, que jogou com Edson; Marinho, Dutra, Darinta; Alexandre; Aderson, Mesquita, Assis; Leônidas, Bira e Júlio César (Humberto).

* Fluminense/PI, adversário do Castanhal na próxima terça-feira em Bragança, pela Série D, jogou ontem na campeonato piauiense, contra o Parnahyba. Decisão seguida de viagem implica em cansaço. Japiim pode tirar proveito, se impuser intensidade. 

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Carlos Ferreira
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