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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Leão, hoje é na emoção ou na razão?

Carlos Ferreira

O estádio lotado e torcida empolgada sugerem o Remo pressionando o Athletico Paranaense, tomado por uma onda emocional. Certo? Mas a força do adversário pede um Remo aplicado taticamente, na razão. O que deve prevalecer? 

Por tudo o que está em jogo e pelo respeito mútuo entre as equipes, deve haver um período inicial de estudo das propostas. Se o Athletico começar ofensivo, a tendência é o Remo usar o jogo reativo que quem funcionando bem. Se o time paranaense começar comedido, a tendência é o Remo tomar as iniciativas de ataque, até pelo "empurrão" da torcida. Mas, de um jeito ou de outro, será um jogo de absolutos cuidados defensivos. Um jogo muito mental e extremamente valioso na concorridíssima fila do acesso à Série A 2026.

Só a honra pode mobilizar os bicolores

Com chances remotas de fugir do rebaixamento, sob pressão e com o ambiente interno afetado por pendências financeiras, entre outros motivos, só a honra pode mobilizar o time bicolor nessa missão. Se não for para o "milagre", precisa ser para um fechamento digno à campanha. 

Torcedores do Papão convivem com um misto de sentimentos: esperança e desespero, indignação e resignação, paixão e revolta. Tudo isso sem omissão alguma. Tanto que o clube tem a quarta média de público do campeonato. Terça tem Re-Pa, o jogo que pode amenizar ou agravar as dores. Compensação moral ou o ápice do sofrimento. 

BAIXINHAS 

* Últimos jogos do Papão nesta amarga temporada: terça em Belém contra o Remo, depois Ferroviária em Araraquara, Avaí em Belém, Atlético em Goiânia, Coritiba em Belém, Amazonas em Belém e Athletic em São João del Rei/MG. Para o "milagre", o Papão precisa de seis vitórias nesses sete jogos. 

* Laterais Marcelinho e Sávio, zagueiro William Klaus e o atacante Pedro Rocha são os atletas pendurados em cartões amarelos no Remo, sob o risco de suspensão para o Re-Pa. Curiosamente, o Remo com dois vermelhos e 71 amarelos, e o Athletico Paranaense com seis vermelhos e 56 amarelos são os times mais disciplinados da Série B, conforme ranking da ESPN. 

* Meia Régis e o zagueiro Reynaldo são os desfalques do Leão Azul para hoje, ambos sob cuidados médicos. Marcelo Rangel recuperou-se, mas, por precaução, foram relacionados três goleiros. Além do MR, Igor Vinhas e Léo Lang. Pedro Rocha está pronto para jogar e Cantillo será opção no banco. 

* Diogo Oliveira, que voltou a sentir a lesão na coxa, e Maurício Garcez com lesão na panturrilha mobilizam médicos, fisioterapeutas e enfermeiros do Paysandu. Os dois artilheiros do time bicolor na Série B viraram dúvidas para o clássico da terça-feira. 

* Paulinho Boia, que fez três gols e deu duas assistências pelo Paysandu em 2023, está com oito jogos e um gol pelo Nacional na temporada portuguesa. Ele é mais um que deu certo e não admitiu seguir no Papão, casos também de Borasi, Alisson, Lucas Maia, Matheus Trindade, Esli Garcia e João Vieira. 

* Zagueiro Kayky Almeida tem um desafio particular na noite de hoje. Ele virou alvo da fúria da torcida por falhas diante do Avaí e da Ferroviária. Reapareceu com destaque contra o Operário e hoje reencontra a torcida enfrentando o ataque mais produtivo da Série B. O Athletico tem 43 gols. 

* A grande diferença é que no time de Guto Ferreira os zagueiros estão protegidos por um sistema organizado e efetivo. O time de Antônio Oliveira tinha um serviço defensivo desarrumado, principalmente nas ações de recomposição, em contra-ataques. 

* Vitória do Novorizontino sobre o Cuiabá (1 x 0) tirou o Athletico Paranaense do G4 e aumentou para cinco pontos a distância do Remo para a faixa do acesso. Goleada do Athletic sobre o Operário (4 x 1) aumentou para 10 pontos a distância do Paysandu para o 16° lugar, última posição de salvação.
 
* Remo jamais venceu o Athletico Paranaense. São três derrotas e quatro empates. Dados do pesquisador Orlando Ruffeil. Os dois times voltam a se enfrentam no Baenão depois de 50 anos. Em 1975 empataram em 2 x 2. Naquele jogo,  Mesquita fez os dois gols do Leão.
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Carlos Ferreira
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