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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Futebol, ambiente revelador de doenças sociais

Carlos Ferreira

Gente racista, xenofóbica, homofóbica, agressiva, destemperada ou simplesmente mal educada pode passar despercebida em outros ambientes, mas se revela no futebol. A senhora e o senhor, torcedores do Avaí, que disparam insultos aos paraenses, apenas externaram a própria essência doentia e precisam receber os corretivos previstos em lei. A reprovação social eles já estão recebendo. 

Uma coisa é esse fato e a indignação que provoca. Outra coisa é o que simboliza, inclusive por estar no contexto de uma batalha campal, provavelmente planejada, entre "torcidas organizadas". A coluna chamou a atenção na sexta-feira para as alianças de grupos do Avaí e do Paysandu, como do Figueirense e do Remo. Alertada ou não pelos clubes, a PM de Santa Catarina foi incompetente na prevenção. E assim as irresponsabilidades de uns produzem campo livre às posturas doentias de outros. Tudo abominável! 

A vida ditada pelas redes sociais 

As redes sociais fermentam a incitação ao ódio, a junção de forças infratoras e até criminosas, o julgamento dos justos como se fossem injustos e dos injustos como se fossem justos. Por finalidades nobres e muito mais por objetivos tortuosos, as redes sociais estão ditando a vida.

Diariamente, vemos comunicadores esportivos produzindo falas destinadas à conquista de números nas redes sociais com provocações a torcidas. Tem sido bem o caso de um goiano contra a torcida do Remo nesta Série B. Perigosa desvirtualização do jornalismo, mais ainda nesta semana de decisão Remo x Goiás.

BAIXINHAS

* Torcida do Goiás vai ter espaço exclusivo no lado B, cadeiras. Serão 1.500 torcedores alviverdes no Mangueirão, domingo. O Remo como mandante, o Ministério Público, as Polícias Militar e Civil, e demais instituições da força conjunta, que tratem de agir nas prevenções. As circunstâncias desse jogo são um grande desafio à segurança. 

* A cinco dias do fechamento da Série B, o destino ditado pelo hábito para comemorações de torcida em Belém é a Doca. Tudo bem se houver vandalismo no parque linear? Por que não um direcionamento para outro local? Ou as autoridades não consideram a possibilidade de o Remo conquistar o acesso? 

* O Goiás também estará atento aos jogos do Criciúma contra o Cuiabá e da Chapecoense contra o Atlético Goianiense. É que se empatar com o Remo, o clube alviverde vai depender de insucesso dos catarinenses. Se vencer, sobe sem depender.

* Criciúma fretou o mesmo avião usado pelo Remo na viagem a São Paulo e Santa Catarina. Sim, é no avião de Leila Pereira que o Criciúma vai a Cuiabá, no que chama de vôo do acesso. O Remo precisa da derrota do Criciúma ou que a Chapecoense não vença o Atlético Goianiense, para subir desde que consiga vencer o Goiás. 

* Recuperando-se de cirurgia, os volantes Matheus Vargas e Leandro Vilela são peças do elenco do Paysandu para a Série C, embora só devam ficar aptos no meio da competição. O clube está focado em resolver situações emergenciais para liberação de jogadores, ao mesmo tempo que encaminha a contratação do novo técnico. 

* Na semana do jogo contra o Athletic, o desinteresse da torcida pelo time profissional dá espaço na mídia para o time sub 20. Hoje, 16 horas, na Curuzu, o Papãozinho enfrenta o América Mineiro valendo classificação à semifinal da Copa do Brasil. No jogo de ida, 1 x 0 para o América. 

* Amanhã completa 20 anos o título da Série C do Remo, conquistado em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Nenhuma celebração prevista, porém. Time da época: Rafael; Marquinhos Belém, Carlinhos, Magrão, Eduardo; Márcio Belém, Serginho, Maurílio; Landu, Douglas Richard, Geraldo. Mais: Capitão, Paulista, Odair, Vitor Boleta, Emerson, Carabina, Sérgio, Osny, Ailton, Bader, Jucélio, Beto, Barata, técnicos Valter Lima e Roberval Davino.

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Carlos Ferreira
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