Foi na emoção! Remo, 2 x 1

Terrível nos primeiros 25 minutos, quando tomou um gol bobo, o Remo se ajustou e virou o placar. Deu para o gasto! O Leão Azul teve bons momentos, principalmente no talento de Marrony, mas também cometeu os vacilos próprios de um time que ainda não engrenou. A conquista dos três pontos foi na emoção, em sinergia com a torcida.

A vitória recolocou o Remo na quinta posição, com os mesmos 29 pontos do quarto (Chapecoense), e amenizou as cobranças, principalmente sobre o técnico Antônio Oliveira. O time azulino vive os transtornos de uma transição, mas com tendência a evoluir e ganhar autoconfiança de jogo para jogo. O próximo será na terça-feira, contra o Goiás, em Goiânia, no fechamento do primeiro turno do campeonato.

Papão, uma engrenagem sem grife

A fidelidade tática de todos em campo vem fazendo do Paysandu uma engrenagem sem grife. Um time guerreiro, sedento por vitórias, com funções simplificadas que funcionam. Não por acaso, o Papão tem os melhores números das últimas sete rodadas do campeonato.

Ano passado, o Paysandu tinha os dribles de Esli Garcia, que quebravam linhas de marcação. Agora, esse papel é de Maurício Garcez, com características totalmente diferentes. O maranhense de 28 anos é um velocista que conduz a bola em jogo objetivo. É o puxador de contra-ataques! Chegou em plena forma e está dando uma resposta além do que os bicolores poderiam imaginar. Garcez já se tornou uma figura decisiva. Xodó da torcida.

BAIXINHAS

• Se vencer o Athletic, na segunda-feira, o Papão chega praticamente à metade da pontuação de segurança contra o rebaixamento. As projeções são de 45 pontos para não cair, mas com 44 já seria provável a permanência na Série B. Se mantiver o sucesso desde a chegada de Claudinei Oliveira, pode até chegar à reta final com chance de acesso.
• Com o anúncio do prazo de três semanas para a recuperação de Rossi, em razão de fibrose óssea, Marlon ganha continuidade de jogos, cumprindo bem o seu papel. No time de Claudinei Oliveira, Marlon tem como maior virtude a aplicação tática. Joga para favorecer a engrenagem.
• Felipe Vizeu vive, em Belém, a amarga experiência de não poder circular pela cidade sem ouvir xingamentos e insultos. A hostilidade de torcedores do Remo, agora, é proporcional aos afagos que ele recebeu nas primeiras semanas. E só o próprio Felipe Vizeu pode reconstruir seu ambiente em Belém — com suor e gols.
• Matías Cavalleri, cedido pelo Paysandu, entrou em quatro jogos pelo CSA, mas só ficou 71 minutos em campo. Pelo Paysandu, o chileno participou de 12 partidas e fez dois gols, um deles na decisão da Copa Verde. Dos outros gringos, o equatoriano Espinoza está sem clube, e Borasi ainda não estreou pelo Criciúma.
• Novillo, Benítez, Martínez, Quintana e Delvalle permanecem na Curuzu.
• Edinho está se recolocando em condições de jogo no Papão após nove meses de recuperação de lesão no joelho, que exigiu cirurgia. A história se repete com Matheus Vargas, que também vai passar por cirurgia no joelho, com prazo semelhante de recuperação. Prejuízo para o clube e sofrimento para o atleta.
• Registro o recebimento do exemplar do livro Aspectos Psicológicos numa Copa do Mundo, do psicólogo Manoel Christo, que já prestou serviços ao Remo. Leitura fundamental para quem quiser entender a importância do equilíbrio mental na performance de um atleta ou de um grupo.
• Acredite! Leandro Vilela vai cumprir a terceira suspensão por cartões amarelos nesta Série B, já tendo cumprido uma também por cartão vermelho. Folgadamente, Vilela é recordista de cartões no campeonato. Desfalque no Papão para o jogo de segunda-feira contra o Athletic.