CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Falta consenso e, principalmente, bom senso para o Parazão 2020

Carlos Ferreira

Parazão 2020: nem bom senso, nem consenso

Nas divergências, os clubes acusam uns aos outros de falta de bom senso. Isso explica a falta do consenso necessário para antecipar o fim do Parazão 2020. A reunião "on line", de ontem, valeu pelo ineditismo e pela exposição de teses. E o campeonato deve mesmo recomeçar, tão logo a pandemia saia de campo, já que não há tendência alguma de posição consensual, a não ser em blocos. Os interesses clubísticos estão muito acima do bem comum.

As propostas apresentadas serão encaminhadas, hoje, pela FPF aos patrocinadores do campeonato, Banpará, Seel e Funtelpa. O debate continua, entre os clubes, autoridades, imprensa e torcedores. 

 

Bola de Prata, dupla honra remista     

A seleção Bola de Prata do campeonato brasileiro, eleita pela Revista Placar, teve Aranha, do Remo, na lateral direita, em 1972, e Edson Cimento, goleiro, em 1977. 

Dupla honra remista, que teria sido tripla se o goleiro Dico não tivesse perdido o seu prêmio, depois de já ter sido comunicado da conquista, também em 72. Dico abriu mão de fazer o último jogo, sem saber que faltava um para completar o limite mínimo previsto no regulamento. Emerson Leão, do Palmeiras, levou o prêmio, mesmo com pontuação menor.       

Aranha, que está com 73 anos e mora em Sorocaba/SP, superou Eurico (Palmeiras) que ficou em segundo e Hermes (Coritiba), terceiro colocado. Edson Cimento, que está com 65 anos e mora em Belém, superou Manga (Inter), Leão (Palmeiras) e tantas outras feras. 


BAIXINHAS 

* Na seleção Bola de Prata de 1972, além de Aranha e Dico entre os mais votados, o Remo teve Dutra em terceiro lugar como quarto zagueiro, abaixo de Beto (Grêmio) e Vantuir (Atlético Mineiro). 

* O Paysandu ainda não teve ganhador da Bola de Prata, mas teve nos 21 gols de Robgol uma proeza histórica em 2005, na Série A. Robgol liderou a artilharia até a última rodada, quando foi superado por Romário, do Vasco, com 22. O Papão foi rebaixado, mas Robgol foi um grande destaque no campeonato. 

* É compreensível a pressa dos clubes em resolver a questão do Parazão 2020, para tomada de outras medidas que reduzam o impacto financeiro da pandemia. Mas qualquer decisão precisa de segurança jurídica, e a questão tem mesmo que ser bem debatida.

* Os patrocinadores não poderiam mesmo ser ignorados nesse debate. A FPF agiu bem na tomada de propostas para encaminhamento aos que bancam o campeonato. Essa providência ética foi o passo mais relevante dado na videoconferência.

* Árbitro paraense Rafael Bastos, do quadro da CBF, que também é enfermeiro, trabalha na linha de frente do combate à pandemia do  coronavírus em Salvaterra. 

* Rafael é o mesmo árbitro agredido covardemente na Curuzu, ano passado, num jogo Paysandu x Carajás do campeonato sub 20. Esse caso virou processo criminal e vai terminar no Judiciário.

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