A virada de chave que está faltando Carlos Ferreira 28.08.22 5h30 Remo e Paysandu ainda precisam avançar mais na estruturação de seus clubes. (Vitor Castelo/Paysandu e Tarso Sarraf/O Liberal) É inegável que Paysandu e Remo tiveram avanços conceituais, estruturais e organizacionais, mas nada além de atenuante à defasagem que mantiveram por décadas. Ainda são clubes que patinam em erros de planejamento e gestão, principalmente no futebol. Isso é mais grave no Leão, que evoluiu em diversos aspectos, mas não completa a transição. Os dois rivais seguem excessivamente atrelados, um tomando decisões em função do outro, com a rivalidade acima da racionalidade. Falta uma virada de chave nos dois clubes mais populares, mais viáveis e mais poderosos da Amazônia. Virada para uma mentalidade profissional, menos vulnerável à influência de palpiteiros, menos passional, com menos apostas e mais firmeza em projetos que os desenvolvam. Por que a temporada 2023 é promissora? A temporada 2023 vai trazer alguns diferenciais importantes, pela volta do Mangueirão com 51 mil lugares, pelo maior fôlego financeiro do Remo com a quitação da dívida trabalhista e mais ainda se o Paysandu subir à Série B. Além disso, está nascendo a Liga Nacional de Clubes e haverá ganhos financeiros para a dupla Re-Pa. São fatores que podem potencializar os dois clubes e o futebol paraense, em última análise, desde que haja competência na gestão de ambos. O Papão pode se dar muito bem se ascender à Série B e fizer boa campanha. O Mangueirão vai elevar as possibilidades de faturamento e tornar o clube mais atraente ao mercado. O Leão Azul deu passos à frente e recuou por pecados agora escancarados na falta de comando no Baenão. BAIXINHAS * O NASP (Núcleo Azulino de Saúde e Performance) e outras dependências do Baenão e a estrutura dos departamentos de saúde, fisiologia e administração da Curuzu, como também os ônibus, traduzem bem o salto nas condições de trabalho para os profissionais azulinos e bicolores nas duas últimas décadas. * O Remo deu um salto ainda maior ao comprar o Centro de Treinamentos do Carajás, beneficiando também as categorias de base. O Paysandu segue no ritmo das suas condições financeiras construindo o seu CT. São obrigações cumpridas com atraso. Os dois clubes desatolando aos poucos. * A sonhada mudança de patamar, na esteira de Atlético Goianinense, Ceará, Fortaleza e outros, Remo e Paysandu só darão quando virarem a chave para uma mentalidade profissional, especialmente no trato às categorias de base. Essa é a causa dos excessos nas contratações. * Como a formação na base é um arremedo, os garotos sobem precisando de longo estágio no elenco profissional para correções e aprimoramentos, e até mesmo para a construção de base muscular. Isso tudo implica em perdas no processo. * Se um dia virarem SAF (Sociedade Anônima de Futebol), Leão e Papão terão grandes rompimentos de conceitos, hábitos e rumos. Até agora, nada foi mais importante que a rivalidade. Essa visão paroquiana seria descabida em gestão afinada como a nova realidade mercadológica do futebol. * Sobre a perspectiva de SAF, o ideal agora seria uma política de associação das marcas dos clubes com a Amazônia, tão visada pelo mundo todo com preocupações ambientais. O caminho parece óbvio, mas as iniciativas de marketing nesse rumo são muito tímidas. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol colunas colunas carlosferreira carlos ferreira paysandu remo novo mangueirão Brasileiro Série C re-pa COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Futebol Missão desenhada para ser dramática 15.07.25 9h50 Carlos Ferreira Papão vai de força mental e cumplicidade 11.07.25 10h03 Futebol Leão de Oliveira: copo meio cheio ou meio vazio? 10.07.25 9h55 Carlos Ferreira Remo vence dois sinais de "vidas em risco" 09.07.25 9h55