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Cuidados com os pés após o Círio de Nazaré: podóloga explica o que fazer depois da caminhada

Especialista orienta sobre o banho ideal, como tratar bolhas e quais sinais exigem atenção médica após as longas procissões

Riulen Ropan

Após cumprir promessas e participar das longas caminhadas do Círio de Nazaré, muitos romeiros chegam em casa com os pés doloridos, inchados ou cheios de bolhas. Segundo a podóloga Gabriela Brito, esse é o momento em que os cuidados pós-caminhada fazem toda a diferença para garantir uma boa recuperação e evitar complicações.

Primeiros cuidados ao chegar em casa

Segundo a especialista, o primeiro passo é simples, mas essencial: “Lave os pés com sabão neutro, seque bem e eleve-os por alguns minutos para reduzir o inchaço”, orienta Gabriela.

A elevação ajuda na circulação e alivia a pressão acumulada após horas de caminhada sob o calor intenso de Belém.

Água quente com sal grosso? Melhor evitar

Uma prática comum entre os romeiros é recorrer à água quente com sal grosso, mas a podóloga alerta que essa técnica não é a mais adequada.

“O ideal é usar água fria ou morna com sulfato de magnésio e chá de camomila ou alecrim. Essa combinação ajuda a relaxar e aliviar a dor”, explica a especialista.

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Massagem simples para aliviar a fadiga

Para quem quer estimular a circulação e reduzir a fadiga muscular, Gabriela recomenda uma massagem rápida e fácil de fazer em casa:

  • Sente-se confortavelmente e faça movimentos circulares com os pés por um a dois minutos;
     
  • Em seguida, use as mãos para massagear as solas e tornozelos de baixo para cima, com toques leves;
     
  • Finalize puxando os dedos dos pés para cima, mantendo por alguns segundos.

Esses movimentos ajudam a ativar a circulação e a relaxar os músculos.

Bolhas: o que fazer (e o que não fazer)

As bolhas são uma das queixas mais comuns entre os romeiros. E o cuidado com elas exige atenção:

  • Bolha intacta: “Não estoure. Apenas cubra com uma gaze estéril”, orienta a podóloga.
     
  • Bolha rompida: “Lave com cuidado, aplique antisséptico e cubra com gaze estéril.”

Ela reforça que nunca se deve retirar a pele da bolha ou usar pomadas caseiras como álcool ou creme dental. Essas práticas podem causar infecções e agravar o problema.

Outras lesões frequentes após o Círio

Além das bolhas, Gabriela Brito explica que é comum encontrar unhas roxas ou soltas, calosidades, fissuras nos calcanhares e rachaduras provocadas pelo esforço intenso e pelo uso de calçados inadequados durante a peregrinação.

Quando procurar um profissional

Alguns sinais indicam que o problema pode ser mais sério e exigem avaliação de um podólogo ou médico: “Fique atento a dores que não melhoram em 48 horas, inchaço persistente, vermelhidão ou presença de pus”, alerta Gabriela. Esses sintomas podem apontar para infecções ou lesões mais graves.

Tempo de recuperação e o que pode atrapalhar

A recuperação dos pés após o Círio pode levar de 3 a 7 dias, dependendo da intensidade da caminhada. Para acelerar esse processo, a podóloga recomenda manter os pés limpos, elevados e em repouso.
Por outro lado, usar calçados apertados, tomar banhos muito quentes e ficar longos períodos em pé podem atrasar a recuperação.

Depois da fé e da devoção, é hora de cuidar do corpo — especialmente dos pés, que sustentaram cada passo da caminhada. Com os cuidados certos, o romeiro garante uma recuperação mais rápida e evita complicações que podem comprometer as próximas promessas.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, editora executiva de Oliberal.com)