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Arrastão do Círio: cortejo ganha as ruas do centro histórico de Belém

Trajeto é feito pela Boulevard Castilhos França e 16 de novembro, até chegar na Praça Dom Pedro II

Bruna Dias e Fábio Will

Após a chegada da imagem peregrina na Escadinha do Porto, no fim da manhã deste sábado (11), centenas de pessoas seguem pelas ruas do bairro da Campina no Arrastão do Círio 2025. O cortejo foi iniciado às 12h.

Promovido pelo Instituto Arraial do Pavulagem, a 23ª edição tem como tema "Arrastão do Pavulagem – Cultura da Amazônia na COP-30 e além".

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“Unção gigantesca. Depois de tanto tempo de preparativos, ver passar Nossa Senhora de Nazaré e fazer uma homenagem para ela é uma coisa transcendental. Acho que a nossa espiritualidade fica em alta, a nossa energia e vibração, isso faz muito bem para a pessoa. Viva Nossa Senhora de Nazaré”, disse Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem.

Com concentração no Boulevard da Gastronomia e a esquina da Boulevard Castilhos França com a Presidente Vargas (sentido Ver-o-Peso), o cortejo segue pela Boulevard Castilhos França, passa pela 16 de novembro e finaliza na Praça Dom Pedro II, onde a banda Arraial do Pavulagem se apresenta com convidados especiais.


"É impossível não conter a emoção com a chegada dela do Círio Fluvial e sair tocando e cantando pelas ruas de Belém, celebrando e homenageando a padroeira dos paraenses. Já são 23 anos realizando essa homenagem e só temos a agradecer por mais um ano", acrescenta Júnior.

Diferente dos demais arrastões que ocorrem ao longo do ano, o Arrastão do Círio inclui ritmos e elementos que só aparecem nesta celebração, como a Barca Rainha das Águas, no lugar do Boi Pavulagem, que faz referência ao Círio Fluvial e a carpintaria naval tradicional da Amazônia). 

O Batalhão da Estrela inclui no repertório mais ritmos tradicionais - como Mazurca e Retumbão. Outros elementos de miriti, típicos do Círio, adornam o cortejo, e instrumentos como Roque-Roque fazem alusão à natureza e criam uma atmosfera imersiva.

"O Arrastão é uma das maiores expressões culturais do Estado. E esse arrastão de hoje é especial pela nossa devoção à Nossa Senhora de Nazaré. É diferente a forma como todos se mobilizam. Eu acompanho o cortejo há alguns anos e, pela Nazinha, é especial. Envolve nossa devoção, graças alcançadas e todo o agradecimento que é o Círio. Estou com meus familiares, meus filhos também estão acompanhando e, além de ser uma festa, é uma linda homenagem à padroeira dos paraenses", disse a autônoma Pâmela Tavares, que curtiu o momento especial.

“Esse arrastão é diferente porque é o momento em que a gente reúne a família em prol de Nossa Senhora de Nazaré. É muito gostosa essa união. Além dessa homenagem para a Santa, é o momento em que familiares vêm do interior e se reúnem com quem mora em Belém para essa confraternização. Diferente dos arrastões de junho, que muita gente não vai, no arrastão do Círio é sagrado a gente estar aqui”, contou a assistente administrativa Lene Gouvêa.

A paraense disse ainda que agradeceu bastante pelas graças alcançadas neste último ano, mas não deixou de fazer seus pedidos.