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Uma pessoa foi morta pela polícia a cada 4 horas em oito estados do país, aponta estudo

Os estados avaliados foram: Pará, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Liberal

Um estudo divulgado nesta quinta-feira (16) mostra que a cada quatro horas uma pessoa foi morta por intervenção policial em 8 estados do país, em 2022. A pesquisa realizada pela Rede de Observatórios, analisou dados divulgados pelas secretarias de segurança pública do Pará, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Além disso, a pesquisa aponta que a maioria das vítimas são negras.

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image Pará é 4º lugar em ranking de letalidade policial contra pessoas negras, aponta estudo
No Brasil, 65,7% dos mortos pela polícia em 2022 eram negros, conforme apontado pelo levantamento. No Pará, em média, um negro é morto a cada 14 horas. Subnotificação também é apontada por boletim.

O estudo aponta que 4.219 pessoas foram mortas em 2022 e, destes, 65,66% eram pessoas negras, totalizando 2.770. Neste ranking, a Bahia está no topo como a unidade federativa que mais mata. O estado assumiu a liderança do ranking de morte de negros por intervenção do Estado entre 2021 e 2022, quando ultrapassou o Rio de Janeiro. A população do estado baiano é composta por 80,80% de pessoas negras, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e as mortes como fruto da violência policial cresceram 300% entre 2015 e 2022.

Conforme o levantamento, os números de cada estado sobre a morte de negros é alarmante. As mortes chegam a 94,76% na Bahia, 80,43% no Ceará, 93,90% no Pará, 89,66% em Pernambuco, 88,24% no Piauí, 86,98% no Rio de Janeiro e

63,90% em São Paulo. Além disso, no Maranhão não ocorre o registro de dados por cor ou raça, fazendo com que o estado não entre na somatória de casos que, possivelmente, seria muito maior.

Antes da Bahia, a maior incidência deste tipo de crime contra negros era do Rio de Janeiro. Mas o estado carioca caiu para o segundo lugar, com 1.042 mortos. Juntos, Bahia e RJ são responsáveis por 66,23% dos óbitos considerados pelo estudo.

 

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