São Paulo decreta estado de emergência para a dengue

Decisão foi comunicada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (05), após recomendação do Centro de Operações Emergenciais (COE)

O Liberal

O governo do estado de São Paulo decidiu decretar estado de emergência para a dengue. A decisão foi tomada depois de o Centro de Operações Emergenciais (COE) recomendar a medida, e ocorreu por um motivo alarmante: o estado atingiu 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes nesta semana. O número é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o patamar a partir do qual a região afetada tem que decretar emergência.

Em uma coletiva de imprensa concedida na manhã desta terça-feira (05), a secretária-executiva da Saúde de São Paulo, Priscilla Perdicaris, explicou que a medida foi tomada devido ao aumento de casos da doença.

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A estimativa foi feita por um grupo de pesquisadores autores do “Relatório Temático sobre Espécies Exóticas Invasoras, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos”

Segundo ela, o estado de São Paulo atingiu uma incidência de 311 casos confirmados de dengue para cada 100 mil habitantes. Este patamar é caracterizado como emergência sanitária pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Conforme dados sobre a doença da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, o estado acumulava mais de 138 mil casos confirmados e 31 óbitos pela doença até esta segunda-feira (4).

Desde janeiro, foram confirmadas que outras 122 mortes estão em investigação e 169 casos de dengue são considerados graves. Apenas no último mês, foram mais de 74 mil casos confirmados e seis óbitos.

Aumento de casos de dengue em todo o Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já ultrapassa 1 milhão e 212 mil casos prováveis de dengue, 278 pessoas já morreram pela doença. Outros 744 óbitos estão sob investigação. São Paulo está em oitava posição entre as unidades da federação com maior incidência da doença, com quase 490 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.

A unidade da federação com maior incidência, segundo a pasta, é o Distrito Federal, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Acre e Rio de Janeiro.

Entre 25 de fevereiro a 02 de março, o país sofreu um aumento de cerca de 34% nos casos da doença, em comparação com o período homólogo. Já entre os casos acumulados até este momento, o aumento é de aproximadamente 364%, ou seja, neste ano o número de casos mais de quadruplicou, em comparação com 2023.

Baixo índice de vacinação

Desde fevereiro, a vacina Qdenga, da farmacêutica Takeda, está sendo aplicada pelo Sistema único de Saúde (SUS), na população de regiões endêmicas, em 521 municípios. Apesar da epidemia, a taxa de cobertura vacinal para a doença está em 14,75% no país.

Até este sábado (02), 1.235.236 doses haviam sido distribuídas e, dessas, 182.204 foram aplicadas no público-alvo, segundo o Ministério da Saúde.

Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do núcleo de Atualidades)

 

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