Santa que expele mel é investigada em São Paulo; entenda
Fenômeno sem "explicações naturais" está sendo investigado a mando do Vaticano. O resultado poderá impactar o tratamento da Igreja sobre a imagem e seu reconhecimento futuro, se houver.

Você já ouviu falar da Nossa Senhora do Mel? Conhecida por expelir mel e outras substâncias em determinados momentos, a imagem é pertencente a cidade de Mirassol, no interior de São Paulo e está sendo alvo de uma comissão de investigação pela arquidiocese de São José do Rio Preto. Saiba mais sobre a história a seguir.
O que é a Santa que expele mel?
A Santa é uma imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que verte sal, azeite e mel “milagrosamente” em diferentes ocasiões. Ela foi trazida de Portugal para Mirassol (SP) em torno de 1991 e pertence à devota Lilian Aparecida. Em 13 de maio de 1993, começou a lacrimejar e tempos depois as lágrimas viraram sal. Em maio de 1994, o sal se transformou em mel, e posteriormente também vertia azeite e vinho.
Análises laboratoriais realizadas por universidades como a Unicamp revelaram que o líquido vertido pela imagem não corresponde ou é semelhante ao mel de abelhas, sendo classificado como algo de composição “desconhecida” ou sem explicação científica natural até o momento.
Apesar disso, a Igreja Católica ainda não reconheceu oficialmente o fenômeno como milagre, tratando o caso com cautela. A imagem viaja por paróquias e santuários do interior de São Paulo e de outras regiões, atraindo milhares de fiéis por onde passa, despertando curiosidade sobre a produção do mel e demais substâncias.
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Qual o motivo da investigação da "Santa do Mel"?
A grande repercussão do fenômeno misterioso fez com que a Arquidiocese de São José do Rio Preto fosse questionada por autoridades eclesiásticas superiores. Em maio do ano passado, o Vaticano publicou um documento determinando que situações como essas sejam "alvo de investigações", fato que levou à fundação da Comissão de Investigação pela arquidiocese.
Na última terça-feira (29) o arcebispo Dom Antonio Emidio Vilar instituiu uma comissão interna para investigar o fenômeno| A arquidiocese não orientou a suspensão das peregrinações da imagem ou a devoção dos fiéis. Mas, a comissão buscará esclarecer a veracidade do fenômeno e terá a participação de especialistas de diversas áreas como: um delegado, além de um teólogo, um canonista, um perito e um notário.
Os membros da comissão, sob juramento de fidelidade à Igreja e de sigilo canônico, vêm realizando o processo de discernimento com rigor científico, doutrinário e pastoral, respeitando todos os critérios definidos pela arquidiocese.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva,editor web de OLiberal.com.)
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