Primeira transmissão de rádio completa 120 anos e aconteceu no Brasil

Há 120 anos, o padre Roberto Landell de Moura convidou autoridades públicas e privadas, cientistas e a imprensa para assistirem a uma experiência nunca vista. Ele mostrou que era possível transmitir a voz e sons musicais pelo espaço, sem o auxílio de fios, no dia 16 de julho de 1899.

A data marca o primeiro experimento de radiodifusão da humanidade. Em São Paulo, o padre-cientista se comunicou do Colégio Santana, em uma colina da rua Voluntários da Pátria, na zona norte, até a Ponte das Bandeiras, em uma distância aproximada de 3,8 quilômetros. "Toquem o Hino Nacional", ordenou  Landell, através do tubo do aparelho. Em seguida, ouviu-se o som pátrio.

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Agora, mais de um século depois, o rádio se mantém firme e forte, principalmente agora com o advento da internet. Mas surge sempre a pergunta: será que o rádio vai acabar?.

O radialista Alcyr Cruz, da Liberal FM, conta que o rádio está se reinventando e que não morre jamais. A escritora e advogada Carol Boralli acredita que o rádio vai continuar - sendo esse meio de comunicação instantâneo

"Não vai morrer jamais, no máximo, se reinventar", defende o radialista Roberto Reis, que comunica numa rádio comunitária em Ananindeua. Ele conta que desde criança aprendeu a gostar do rádio.

Outra característica do rádio é versatilidade: pode ser escutado em qualquer lugar, e a qualquer hora como relata o publicitário e empresário Rodrigo Huhn. A jornalista e assessora de imprensa Aurea Celeste se mantém informada por meio do rádio. Para ela, o veículo nunca sairá de moda.

LEGADO

Padre Landell demorou no registro de algumas patentes. Por isso, mundialmente os louros da invenção do rádio ficaram para o italiano Guglielmo Marconi. Hoje especialistas reconhecem que Marconi é o inventor somente da rádio-telegrafia, enquanto o padre Landell é definitivamente o pai da radiofonia.

Somente em 28 de fevereiro de 1905, aconteceu a "primeira transmissão oficial" de radiotelegrafia do País, realizada a bordo do encouraçado Aquidaban, nas águas do Rio de Janeiro. Para tanto, o Brasil importou tecnologia da alemã Telefunken.