Presidente da CNBB chama de 'crime hediondo' aborto legal em menina estuprada
Arcebispo disse ainda que a 'violência do aborto não se explica'
O arcebispo dom Walmor, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou que a interrupção legal da gravidez feita em uma criança de 10 anos vítima de estupro é um "crime hediondo" e disse que a "violência do aborto não se explica".
Veja a íntegra da nota:
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, a criança era vítima de estupros havia quatro anos e o caso chegou ao conhecimento da polícia no dia 8 deste mês, quando ela deu entrada num hospital público da cidade com suspeita de gravidez. Segundo exames, a garota estava grávida de 22 semanas e quatro dias.
Leia mais:
Menina que interrompeu gravidez terá que mudar de cidade
Polícia prende acusado de estuprar e engravidar menina de 10 anos
A criança realizou aborto legal, com respaldo da justiça, e passou por procedimentos no domingo (16) e segunda (17). Nesta terça pela manhã, o suspeito do crime, tio da menina, foi detido na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os familiares da menina violentada recorreram à Justiça, que autorizou o aborto na garota. No entanto, a unidade de saúde indicada para fazer o procedimento, o Hucam (Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes), em Vitória, recusou-se a fazer o aborto alegando que a menina não se encaixava nos critérios do Ministério da Saúde.
A vítima, então, foi encaminhada a um hospital no Recife, o Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), para realizar o procedimento aprovado pela Justiça.
O local foi palco de protestos de grupos contrários e favoráveis ao aborto após a militante de extrema direita Sara Giromini - conhecida como Sara Winter - expor que a menina estava lá.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA