Menina que interrompeu gravidez terá que mudar de cidade
Caso teve grande repercussão na cidade onde a família mora e, depois, nacionalmente
Devido à repercussão do caso em São Mateus (ES), a menina de 10 anos que que foi vítima de estupro e passou por aborto, terá que mudar de cidade. O caso também tomou proporções nacionais mais graves quando a extremista Sara Giromini divulgou em suas redes sociais o nome da criança e o hospital em que ela estava no Recife (PE).
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Ela foi para a capital pernambucana porque o hospital de referência no Espírito Santo se disse impedido “tecnicamente” de fazer o procedimento de aborto. O hospital teve que chamar a polícia para manter a segurança da criança e dos profissionais, pois ativistas antiaborto tentaram impedir a entrada do diretor na unidade.
O promotor da Infância e da Juventude do Ministério Público capixaba, Fagner Andrade Rodrigues, observa que a prioridade é “dar assistência digna para essa família”. “Não tem condições de elas voltarem a morar onde moravam, vamos ter que buscar uma solução rápida e digna porque a menina e a avó continuam sendo alvo desses grupos (antiaborto). Ela deveria ser acolhida, mas é revitimizada diversas vezes, numa crueldade surreal”, criticou Rodrigues.
O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, informou que será disponibilizado a menina e a família a inclusão nos programas de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) e de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência (Provita).
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