CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Ministério Público pede a colégios militares que não imponham padrões estéticos aos alunos

Documento também recomenda que instituições não interfiram em comportamento meramente por ‘moralismo’

O Liberal
fonte

Recomendação para que colégios militares evitem impor padrões estéticos e comportamentos aos estudantes foi emitida pela Procuradoria da República e Ministério Público no Acre. Segundo o documento, as instituições não devem controlar publicações nas redes sociais nem proibir participação em manifestações. E ainda devem se abster de basear proibições "unicamente em moralismo". As informações são da Agência Estado.

A recomendação em relação aos colégios militares estaduais, incluindo os colégios Dom Pedro II e Tiradentes, para que evitem impor padrões estéticos aos estudantes e proibir comportamentos baseados apenas em moralismo, foi enviada pelo Ministério Público e pela Procuradoria da República no Acre.

VEJA MAIS 

image Alunos de colégios militares são proibidos de participar de Olimpíada de História
Representantes tiveram acesso ao conteúdo de algumas questões e consideraram inadequado para seus alunos

image Inscrições para colégios militares com 390 vagas para estudantes encerram dia 29; há vagas em Belém
As oportunidades são para entrada em uma das unidades do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB)

image Estudante denuncia racismo por parte de professor em colégio militar
"O professor disse que ia chamar minha mãe na escola só porque eu era preta", disse a aluna

A MP e o MPF também pedem que os colégios não controlem publicações nas redes sociais e proíbam a participação dos estudantes em manifestações. O documento foi encaminhado ao governador Gladson Cameli (Progressistas) e ao comandante da Polícia Militar do Acre, com prazo de 15 dias para responder sobre o acolhimento das recomendações, sob pena de medidas judiciais cabíveis, “inclusive por eventos futuros imputáveis a sua omissão”.

A recomendação do Ministério Público e da Procuradoria da República Federal destaca a dignidade da pessoa humana e o “pluralismo político” como fundamentos da República e desaconselha qualquer tipo de interferência na expressão pessoal dos estudantes, especialmente no ambiente escolar. A recomendação é para que não haja a imposição de padrões estéticos quanto a aparência dos estudantes, incluindo cabelos, unhas, maquiagem, acessórios, tatuagens, roupa, uso de grafias, henna, imagens corporais, uso de bonés ou boinas.

Escola pública é diferente da reservada a filhos de militares

Para os órgãos, os regimentos disciplinares dos colégios, junto da presença de oficiais no ambiente escolar, estabelecem uma “rotina militar”, que impõe aos estudantes “padrões estéticos e de comportamento baseados na cultura militar, sem qualquer relação ou potencialidade para a melhoria do ensino”.

Os órgãos argumentam que colégios militares públicos devem formar estudantes com base no pluralismo e tolerância, respeitando suas individualidades e diferenças socioculturais. O MP destaca que esses colégios são diferentes de outros com maioria de vagas reservadas a filhos de militares, e que 50% das vagas nas escolas mencionadas na recomendação são destinadas à comunidade.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Brasil
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BRASIL

MAIS LIDAS EM BRASIL