Menina que se engasgou e perdeu parte dos movimentos e da visão tem alta
Ela almoçava e falava ao mesmo tempo, quando incidente aconteceu
Uma nova fase começa na vida de Sthefany Vitória Ribeiro, de 13 anos, depois que ela recebeu alta, nesta quinta-feira (5), após três meses internada. O caso aconteceu em Senador Canedo, na Grande Goiânia. As informações foram divulgadas pelo G1 Goiás.
Sthefany foi vítima de um engasgo, em 22 de abril, quando almoçava e falava ao mesmo tempo. Um pedaço de carne entrou nas vias respiratórias dela. Ela sofreu parada cardíaca e o cérebro ficou sem oxigenação por um período, o que ocasionou sequelas.
Pai da estudante, Geraldo Pedro Ribeiro, disse que a recuperação dela foi “um milagre” e que acredita que ela estará “100% logo”.
"Ela é muito forte. É um milagre! Queremos levar essa história para pessoas que passam por momentos difíceis. Tenho certeza de que ela vai chegar ao final dessa batalha e se tornar mais vencedora ainda”, disse o pai.
O pai lembra como tudo aconteceu.
“Ela estava almoçando e conversando quando o pedaço de carne entrou nas vias respiratórias dela. A mãe começou a gritar, e eu saí do quarto assustado. Teve parada cardíaca e ficou em estado gravíssimo. Também faltou oxigenação no cérebro o que causou as sequelas”, explicou Geraldo.
Sthefany foi levada pelo pai até o Hospital Municipal de Senador Canedo, mas foi transferida ao Hospital Geral de Goiânia (HGG), onde foi intubada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A família se mudou para a capital para acompanhar o tratamento de Sthéfany.
Depois, a adolescente passou a fazer tratamento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), de onde saiu nesta quinta-feira. Ela fará tratamento ambulatorial na unidade.
“Ficaram sequelas como a perda de parte das funções motoras das mãos e pernas. A visão também ficou prejudicada. Ela não enxerga totalmente. Mas ela vai continuar o tratamento e logo estará 100%", pontuou o pai.
Alerta
A fonoaudióloga Cinthia Ferreira explica que o engasgo acontece quando o organismo tenta expulsar um alimento ou objeto que entra pelo “caminho” errado na ingestão. A profissional aconselha que as pessoas a comer sem atropelos.
“Normalmente, não prestamos atenção no processo de alimentação, na mastigação, no processo de deglutição. Fazer isso de uma forma ‘correndo’, prestando atenção em outras coisas, às vezes conversando, você desorganiza esse mecanismo”, explicou Cinthia.
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