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Mais uma mulher afirma ter sido vítima de estupro em boate no Rio de Janeiro

Após a denúncia de uma universitária estrangeira de 25 anos, que afirma ter sido vítima de um abuso coletivo na boate Portal Club, na Lapa, uma segunda mulher declarou ter passado por violência semelhante em novembro de 2023

Gabi Gutierrez

Após a denúncia de uma universitária estrangeira, de 25 anos, que afirma ter sido vítima de um abuso coletivo na boate Portal Club, na Lapa, Rio de Janeiro, uma segunda mulher compartilhou uma experiência similar. O segundo caso teria acontecido em novembro de 2023.

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A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro está investigando o caso, analisando as imagens das câmeras de segurança em busca de pistas sobre os suspeitos do incidente envolvendo a estrangeira. Enquanto isso, a segunda vítima, cujo abuso teria ocorrido em novembro do ano anterior, expôs sua angústia, revelando a dificuldade de obter justiça no processo, inclusive enfrentando obstáculos no Instituto Médico Legal (IML).

No seu relato, a segunda vítima descreveu uma experiência semelhante à da universitária estrangeira, destacando a falta de memória do que aconteceu após se sentir tonta no local, onde estava presente para um evento de pagode com bebida à vontade. Ela ressaltou a negligência da boate em responder às suas tentativas de contato e o impacto duradouro que o incidente teve em sua vida. "Eu fui assistir um grupo de pagode, que eu conhecia. E, neste dia, tinha um open bar e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro não me senti bem, tonta e não me lembro mais do que aconteceu. Desse não lembrar o que aconteceu, eu acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça", conta a mulher.

Universitária retorna ao seu país

A jovem estrangeira que denunciou os estupros na boate decidiu retornar ao seu país de origem e, em uma carta, expressou seu desejo de superar o trauma. Ela compartilhou sua esperança de que sua história encoraje outras mulheres a denunciarem abusos e ressaltou o engano que a levou ao quarto escuro onde ocorreu o abuso.

"Estou de volta em casa e só quero descansar e esquecer (....) Não sei se haverá Justiça ou não (...) (Mas) Espero que a minha história ajude outras mulheres que passaram pela mesma coisa a serem encorajadas a falar, que saibam que não estão sozinhas".

Na carta, a universitária também esclarece que foi levada por um rapaz que conheceu na festa para um espaço reservado dentro da boate, chamado 'dark room' – um quarto escuro. Ela afirma que achava que estava indo para uma outra pista de dança.

Ela destacou ainda que acredita que os suspeitos sejam amigos do rapaz que ela conheceu na festa.

"Eu tinha entendido que era o lugar mais seguro do Rio, essa boate. Então, eu fiquei tranquila, que não podia acontecer nada disso. Eu confiei".

A carta também detalha a reação da vítima após o incidente, incluindo a busca por ajuda dentro da boate e o desespero diante da falta de cooperação dos funcionários. Enquanto isso, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj continua monitorando os casos em andamento.

Perícia revela novas pistas

A Deam do Centro conduziu uma perícia na boate, coletando imagens das câmeras de segurança e identificando possíveis suspeitos. A boate emitiu uma declaração repudiando veementemente o crime e prometendo cooperação com as autoridades policiais.

Apesar disso, a boate ainda não se pronunciou sobre a segunda denúncia. Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros reiterou a irregularidade do estabelecimento e confirmou que será realizada uma vistoria para garantir a segurança do local.

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