Jovem se 'fantasia' de influenciadora com deficiência em festa de Halloween e gera revolta na web

Homem é investigado pela polícia após usar de deficiência da influenciadora Leandrinha Du Art para se fantasiar em uma festa de Halloween na última

Gabriel Bentes
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Um homem gerou revolta na web ao "imitar" a influenciadora Leandrinha Du'Art, que possui uma deficiência física, durante uma festa de Halloween em Anápolis, em Goiás, no último final de semana. A Polícia Civil da cidade abriu um inquérito para investigar o jovem, que gesticulava os trejeitos da influencer, como a posição dos braços e a forma de falar. Veja:

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O vídeo viralizou após o influenciador e ativista Ivan Baron, que subiu a rampa do Planalto com o presidente Lula (PT) em 1º de janeiro, divulgar o caso nas redes sociais. O influencer explicou que o caso se encaixa no termo "Cripface", no qual a pessoa que não tem deficiência interpreta um personagem com deficiência, seja ele na realidade ou de forma teatral, por acreditar que elas não são capazes de interpretar tais papéis.

O delegado do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (GEACRI), Manoel Vanderic, disse que caso não demanda denúncias formais por se tratar de um crime que prejudica toda uma população.

“Esse crime é de ação pública incondicionada, somos obrigados a investigar. A pena é bem alta, então que sirva de exemplo. Vamos investigar esse rapaz e ver se existem outras pessoas envolvidas na brincadeira”, disse Manoel ao site Portal 6. 

“As pessoas, em grande parte, mesmo com deficiências, não têm noção do quanto a lei é contundente nesse sentido, tanto referente à deficiência quanto à cor da pele, sexualidade e religião. É inadmissível e as penas hoje são altíssimas. Analisaremos a participação de outras pessoas na prática. Concordem ou não, é a lei, e ela será cumprida; o vídeo fala por si”, acrescentou o delegado.

No perfil no Instagram, o delegado repostou o vídeo e apontou quais são os artigos que tipificam tais crimes e suas respectivas penas. “Depois que eu fiz essa publicação, choveu de mensagens de pessoas que ficaram ofendidas, mas ainda há muita desinformação. As pessoas, mesmo com deficiências, não tem noção do quanto a lei é contundente nesse sentido, tanto referente à deficiência, quanto a cor da pele, sexualidade e religião, é inadmissível e as penas hoje são altíssimas”, relatou.

Quais as penalidades? 

Induzir, praticar ou incitar discriminação de pessoa em razão da deficiência, segundo o artigo 88 do Estatuto da Pessoa com Deficiência, prevê uma pena de 01 a 03 anos de reclusão, além de multa. Uma vez cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação, de qualquer natureza, a pena do crime é acrescida e prevê a reclusão de 02 a 05 anos e multa.

“Concorde ou não, é a lei e ela vai ser cumprida, o vídeo fala por si. O estabelecimento não pode ser responsabilizado, pois é pessoa jurídica, mas iremos analisar a participação de outras pessoas na prática”, finalizou o delegado.

(*Gabriel Bentes, estagiário de Jornalismo, sob supervisão do editor web de OLiberal.com, Rayanne Bulhões)

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